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Carmo, Sampaio, Samora. 45 personalidades que 2021 nos levou

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ZAP // Lusa / EPA

O ex-presidente Jorge Sampaio, o fadista Carlos do Carmo, os atores Rogério Samora e Maria João Abreu, o andebolista Alfredo Quintana. Da política ao desporto, passando pelas artes, inúmeras personalidades partiram em 2021 — um ano de muitos lamentos no palco.

Portugal acordou em 2021 com a notícia da partida de Carlos do Carmo, uma das maiores “estrelas” do fado e da música portuguesa. Um aneurisma provocou o falecimento do representante máximo do chamado ‘fado novo’, logo no dia 1 de Janeiro. Tinha 81 anos.

A 7 de Janeiro, faleceu Alex Apolinário. O futebolista do Alverca tinha caído de repente durante um jogo, devido a uma paragem cardio-respiratória. Tinha apenas 24 anos.

Natália de Sousa foi a primeira personalidade do palco e das câmaras a falecer neste ano. Cara famosa em programas de Herman José, tinha 73 anos, deixou-nos a 13 de Janeiro.

Um dos apresentadores mais famosos do planeta, Larry King, faleceu a 23 de Janeiro, vítima de COVID-19. Tinha 87 anos.

O dia 30 Janeiro levou-nos António Cordeiro, um dos actores mais conhecidos em Portugal – muitos lembram-se de ‘Claxon’ e ‘Major Alvega’. Estava afastado do mundo do espectáculo há algum tempo por causa de uma doença degenerativa rara. Não resistiu, aos 61 anos.

Um surto de COVID-19 na Casa do Artista levou Adelaide João e Cecília Guimarães a 3 de Fevereiro. As duas actrizes tinham 99 e 93 anos, respectivamente.

Vencedor de um Óscar, protagonista de ‘Música no coração’, Christopher Plummer partiu a 5 de Fevereiro. O ator tinha 91 anos.

Mulher do teatro, da televisão, do cinema, respeitada por todos há décadas, a 16 de Fevereiro faleceu Carmen Dolores. Tinha 96 anos.

A morte de Alfredo Quintana, a 26 de Fevereiro, foi a que mais abalou  o desporto português ao longo deste ano (e dos últimos tempos). O guarda-redes do FC Porto e da selecção portuguesa de andebol sofreu uma paragem cardio-respiratória durante um treino. Tinha 32 anos.

Para sempre associada ao hino do Sporting, a 3 de Março Maria José Valério foi vítima de COVID-19, aos 87 anos.

A 9 de Março, James Levine. Foi maestro da Ópera Metropolitana de Nova Iorque durante mais de 40 anos, mas passou a ser ainda mais conhecido quando foi afastado devido a um escândalo sexual. Tinha 77 anos.

Prémio Nobel da Economia de 1999 e considerado o pai intelectual da criação do Euro, a moeda única, Robert Mundell faleceu a 5 de Abril. Tinha 88 anos.

Um ataque cardíaco, aos 66 anos, levou prematuramente Jorge Coelho, a 7 de Abril. Antigo super-ministro de Guterres e figura do Partido Socialista, marcou a vida política portuguesa quando assumiu a responsabilidade pessoal pela queda da ponte de Entre-os-Rios, que provocou mais de 60 vítimas mortais, e na sequência da qual apresentou a sua demissão.

Ano de luto no Reino Unido. O Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo e marido da rainha Isabel II, faleceu a 9 Abril. Tinha 99 anos.

Autor de uma das maiores fraudes da história, ficou célebre na crise financeira de 2008. Bernie Madoff morreu na prisão, aos 82 anos, a 14 de Abril. No mesmo dia, partiu também Artur Garcia, um dos nomes mais conhecidos da música portuguesa nos anos 60 e 70 do século passado. Tinha 83 anos.

Horas depois de ter sido reeleito, o presidente do Chade, Idriss Déby Itno, morreu a 20 de Abril, vítima de ferimentos de combate enquanto comandava o exército na luta contra rebeldes no norte do país. Liderava o país desde 1990 e tinha 68 anos.

O Presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes, foi encontrado morto em casa a 3 de Maio. Suicídio aos 53 anos.

Há mais de 20 anos que Maria João Abreu era uma das caras mais frequentes nas nossas televisões e nos nossos palcos. Aos 57 anos, dois aneurismas levaram a atriz.

A 16 de Maio, morreu Eva Wilma. Conhecida em Portugal através de várias telenovelas brasileiras, a atriz tinha 87 anos.

Ator de um palco diferente, o do combate à pandemia, William Shakespeare, o primeiro homem a ser vacinado contra a covid-19, faleceu a 17 de maio. Tinha 81 anos.

Guarda-redes, director e artista, Neno desapareceu prematuramente a 11 de Junho. Foi internacional português, jogou no Benfica e esteve muito ligado ao futebol do Vitória de Guimarães. Morte súbita. Tinha 59 anos.

O eterno ‘Fininho’ na RTP, Carlos Miguel faleceu a 19 de Junho. Actor, artista plástico, escritor. Tinha 77 anos.

Donald Rumsfeld faleceu a 30 Junho, aos 88 anos. Foi secretário de Defesa nos Estados Unidos da América, ao lado do presidente George W. Bush, e considerado o arquiteto das guerras no Iraque e no Afeganistão.

A 7 de Julho, o Presidente do Haiti, Jovenel Moïse, assassinado a tiro na sua residência, aos 53 anos.

Talvez o «capitão de Abril» mais conhecido, Otelo Saraiva de Carvalho morreu a 25 de Julho. O antigo líder da Comissão Coordenadora do MFA e do COPCON tinha 84 anos.

Tarcísio Meira faleceu a 12 de Agosto. Actor brasileiro muito conceituado, um «galã» na televisão, não resistiu ao coronavírus, aos 85 anos.

A 17 de Agosto, faleceu Maki Kaji. Amado pelos fãs de ‘puzzles’ do mundo inteiro, o “pai” do Sudoku tinha um cancro da via biliar. Tinha 69 anos.

Charlie Watts desapareceu a 24 de Agosto. O baterista de um dos grupos musicais mais conhecidos de sempre, os The Rolling Stones, tinha 80 anos.

Mais um actor que nos deixou em 2021, a 3 de Setembro. Igor Sampaio, assíduo no teatro de revista noutros tempos e frequente em produções televisivas recentes, faleceu a 3 de Setembro, vítima de um acidente vascular cerebral, aos 76 anos.

A morte de Jorge Sampaio, foi talvez a mais marcante em Portugal durante este ano de pandemia. O “grande senhor da democracia”, terceiro presidente da República Portuguesa pós-25 de Abril, faleceu a 10 de Setembro, aos 81 anos.

O músico e produtor Guilherme Inês, sempre associado aos grupos Salada de Frutas e Quarteto 1111, faleceu a 14 Setembro. Tinha 70 anos.

“Mudou o mundo” para sempre ao criar o computador ZX Spectrum, e deixou esse mundo a 16 de Setembro. Clive Sinclair tinha 81 anos.

Uma das personalidades mais marcantes da era George W. Bush nos EUA, o ex-secretário de Estado Colin Powell, faleceu a 18 de Outubro, aos 84 anos — e tal como Rumsfeld, vítima da pandemia. Foi o estratega da invasão militar norte-americana do Panamá e lider da operação Tempestade no Deserto, durante a Guerra do Golfo.

Referência nacional da pintura contemporânea, Armanda Passos faleceu a 19 de Outubro. Tinha 77 anos.

Antigo futebolista de clubes como FC Porto e Boavista, Tengarrinha não resistiu a um cancro, que o levou a 30 Outubro. Tinha apenas 32 anos.

Talvez a morte deste ano que mais chocou os seguidores da música brasileira. A 5 de Novembro, Marília Mendonça foi vítima de uma queda de avião. A famosa cantora tinha só 26 anos.

Rui Oliveira e Costa, o “homem das sondagens” na TV, faleceu a 9 de Novembro.
Comentador televisivo ao longo de muitos anos, antigo deputado do PSD, tinha 73 anos.

Mais um actor que nos deixou em 2021. António Marques, vítima de insuficiência cardíaca, faleceu a 25 Novembro. Tinha 80 anos.

A 9 de Dezembro, faleceu José Eduardo Pinto da Costa. O conceituado médico e professor, especialista em medicina legal, rosto assíduo na televisão e irmão do presidente do FC do Porto tinha 87 anos.

Escritora, jornalista, biógrafa, Leonor Xavier não resistiu a um cancro. Partiu a 13 de Dezembro, aos 78 anos.

Mais uma grande figura dos ecrãs a partir neste ano. A 15 de Dezembro, faleceu Rogério Samora, de paragem cardio-respiratória. O ator tinha 63 anos.

O cantor espanhol Carlos Marín morreu a 20 de Dezembro, aos 53 anos. Era um dos elementos dos famosos Il Divo, quarteto lírico integralmente masculino fundado por Simon Cowell para interpretar canções míticas.

2021 fechou a 26 Dezembro com a morte do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, talvez a mais marcante do ano no panorama mundial. Nobel da Paz em 1984, uma das personalidades mais fortes na luta contra o Apartheid, tinha 90 anos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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