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Morreu Armanda Passos, uma “referência maior da pintura contemporânea nacional”

Pintora Armanda Passos

Pintora Armanda Passos

Armanda Passos faleceu aos 77 anos na passada madrugada. Ferro Rodrigues lamenta a perda de uma “referência maior da pintura contemporânea” portuguesa.

A pintora Armanda Passos morreu hoje, aos 77 anos, confirmou a Universidade do Porto, lamentando a perda de uma das “mais notáveis artistas plásticas” portuguesas. Fonte oficial da UP revela à Lusa que a artista morreu durante a madrugada.

No comunicado assinado pelo reitor, António de Sousa Pereira, a Universidade afirma que “o país perde uma das suas mais notáveis artistas plásticas” e que a instituição perdeu “uma das suas principais referências estéticas”.

A UP lembra também a “admirável carreira e extraordinária obra” de Armanda Passos e diz que a instituição lhe prestou uma “sentida homenagem” pela “ligação estreita e continuada” que manteve com a comunidade académica “ao longo de mais de 40 anos”.

O presidente da Assembleia da República também já lamentou a morte de uma “referência maior da pintura contemporânea portuguesa”, cujas “emblemáticas mulheres de volumes avultados” ficam no “imaginário nacional”.

“Acabo de tomar conhecimento do falecimento, aos 77 anos, de Armanda Passos, referência maior da pintura contemporânea portuguesa”, lê-se numa nota de Ferro Rodrigues enviada à agência Lusa. Ferro Rodrigues deixou também uma mensagem de condolências à família e amigos da artista.

Nascida em 1944 no Peso da Régua, Armanda Passos licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Belas Artes do Porto, tendo começado a expor em 1976. Deu aulas de Tecnologia da Serigrafia no Centro de Reabilitação Vocacional da Granja e integrou o grupo “Série” Artistas Impressores.

Entre as várias distinções que conseguiu, há o 2º Prémio do Ministério da Cultura na Exposição “Homenagem dos artistas portugueses a Almada Negreiros” em 1984, a Menção Honrosa no “VIII Salão de Outono – Paisagem portuguesa” ou a Menção Honrosa no “III Prémio Dibujo Artístico J. Pérez Villaamil”.

Armanda Passos também representou Portugal no panorama internacional, como em Heidelberg, na V Biennal of European Graphic Art (1988); na Polónia, na Exposition Internationale de la Gravure – “Intergrafia 91” ou na Bélgica, no Centre de la Gravure et de l”Image Imprimée, La Louvière.

A sua obra está representada em coleções como a do Museu Nacional de Arte Contemporânea, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Oriente, Fundação Champalimaud, do Museu de Serralves, ou do Museu Amadeo de Souza-Cardoso.

ZAP //

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