O Sporting venceu o Famalicão 2-1, em jogo do grupo B da Taça da Liga, no qual, apesar da diferença mínima, não deu hipóteses ao adversário e controlou-o desde o primeiro ao último minuto.
Finalmente Rúben Amorim quebrou o enguiço e, ao quarto jogo, depois de uma derrota e dois empates com o Famalicão, viu o ‘seu’ Sporting vencer com uma exibição segura e personalizada, que lhe permitiu sempre ter a bola e controlar o jogo, fazendo do guarda-redes João Virgínia, praticamente, um mero espetador.
A equipa de Alvalade marcou cedo, logo aos oito minutos, num remate feliz de Manuel Ugarte de fora da área, que desviou num adversário e ‘traiu’ o guarda-redes Luiz Júnior, e tomou conta do jogo, graças à forma como geriu a posse de bola, com segurança de passe e uma boa dinâmica coletiva, roubando-a literalmente ao Famalicão, que se cansou a correr atrás dela.
Outro aspeto decisivo para o Sporting hoje ter reduzido a equipa minhota à inoperância total, além da eficácia com que a sua linha defensiva neutralizou através do fora de jogo, os poucos ataques do Famalicão, foi a reação à perda da bola das poucas vezes que a perdeu, recuperando-a de imediato, o que só foi possível porque houve comprometimento de todos os jogadores e um acerto coletivo na pressão sobre os adversários com bola, não os deixando ‘respirar’.
Esta foi a razão por que o Famalicão, foi simplesmente inofensivo, não por falta de empenho, mas por os seus jogadores não terem bola para jogar na maior parte do tempo.
O resultado só não atingiu uma expressão mais pesada para o Famalicão porque o Sporting controlou o jogo, mas não conseguiu acertar com a ligação com o seu trio da frente, formado por Sarabia, Nuno Santos e Jovane Cabral, que trocavam constantemente de posições, sem darem uma referência na área à equipa e sem criarem situações de rotação com bola, que lhes permitisse virar-se de frente para a defesa famalicense.
Para essa falta de contundência no ataque do Sporting houve uma quota-parte de responsabilidade do Famalicão, a defender com eficácia em 4x5x1, quase sempre com o bloco médio/baixo, quando não tinha a bola, para tirar a profundidade ao ataque ‘leonino’ e neutralizar os lançamentos longos para as costas da sua defesa.
Na segunda parte, o Sporting não foi tão eficaz na gestão da bola, mas o jogo esteve sempre sob controlo, deixando a sensação de que o Famalicão não tinha hipóteses de chegar ao empate, apesar de estar a perder apenas por 1-0.
Aos 61 minutos, a equipa de Alvalade chegou ao 2-0, com um golo a culminar uma excelente jogada coletiva, que envolveu Esgaio, Pedro Gonçalves, Matheus Nunes, Sarabia e Nuno Santos, autor do remate fatal, embora o guarda-redes do Famalicão tivesse responsabilidade pela forma como largou a bola num primeiro remate do extremo espanhol.
Rúben Amorim, que apresentou apenas quatro titulares habituais, procedeu então às entradas de Palhinha, Matheus Reis, Paulinho e Tabata, mas o jogo estava feito, não fosse o relaxamento nos minutos finais, que permitiu ao Famalicão fazer o 2-1, aos 89, por Heriberto, e quase chegar ao empate em período de compensações, o que só não aconteceu porque Riccieli estava em posição de fora de jogo, num lance em que João Virgínia esteve francamente mal.
De destacar a exibição de Manuel Ugarte, que fez o primeiro golo e um grande jogo, quer pela sua ação na recuperação da bola, como pela capacidade técnica que revelou para a segurar e endossar sempre ‘redonda’ e com sentido de vericalidade, mas todos os não titulares agarraram a oportunidade para mostrar serviço, com exceção de Jovane Cabral, que esteve pouco inspirado.
ZAP // Futebol 365 / Lusa