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Nota artística: Evangelho do Nosso Senhor de Alvalade

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Evangelho do Nosso Senhor de Alvalade, segundo Amorim.

Naquele tempo, Jesus abalou com medo do que lá(sk) vinha. Várias gerações passaram e o anúncio do profeta Bruno cumpriu-se.

Abalados pela desgraça proveniente do Império Austríaco, os leões foram aconselhados pelos fariseus daquela época a mudarem a sua jaula protetora para terreno árabe, iniciado pelo omnipresente Al e terminado num Grave mal escrito. Grave era a situação e o melhor seria apaziguar as almas dos rapazes perto da praia, absorvendo boas vibrações.

Os anfitriões, que até alinhavam num contexto inesperadamente primodivisionário, resolveram alterar quatro peças no seu domínio.

Os visitantes, os tais que desceram no Condado Portucalense rumo a Portimão, que era território árabe, só apresentavam uma nova inicial. É que um homem das futuras Terras de Vera Cruz havia desaparecido do batalhão.

Um saduceu procurou-o nas areias de Portimão e encontrou-o. Então, disse-lhe:

– Wendel, o que fazes aqui?
– Ué? Tô descansando, pô!
– O dia do descanso do Senhor já foi ontem, sábado. Hoje os teus irmãos vão combater os árabes. Já não consegues chegar a tempo do início da batalha mas não queres participar na segunda etapa?
– Quando começa essa segunda etapa?
– Vinte e duas horas no recinto.
– Tô me lixando para as horas locais. Que horas serão em Moscovo, na segunda etapa?
– Aí… Meia-noite.

O homem das futuras Terras de Vera Cruz decidiu mesmo abalar para terras do Leste e não compareceu no recinto.

No local da batalha, apesar de recuperado de uma doença misteriosa que afetou a humanidade naquela época, o jovem Max continuou sentado num banco a ver o que acontecia sobre a relva. Sinal de uma cruz pesada que teria de carregar?

Um estrangeiro de designação esquisita, noutros tempos criador de muitas alegrias quando acertava no alvo, ficou novamente no mesmo banco do jovem Max.

Um fariseu perguntou ao comandante Amorim:

– O esloveno está novamente castigado?
– Castigado? Não.
– Mas está fora da batalha, outra vez.
– Eu nunca solicitei a presença do Šporar. Quando decidiriam ir resgatá-lo de barco, quem comandava a nau? Era o comandante Silas. Não era eu.

Indiferentes aos diálogos decorridos nos bancos e nas areias, os leões iniciaram a batalha com os árabes com pressa de resolver a lida. Logo nas primeiras trocas de golpes de espada, dois Nunos demonstraram que pretendiam exibir mais ações do que palavras.

O comandante dos anfitriões, que colocou na sua comitiva mais combatentes de Vera Cruz do que árabes, decidiu alterar uma peça logo aos 20 minutos. Muito cedo para realizar mudanças:

Já tinha o combate iniciado quando, no país ao lado, profetas hispânicos anunciaram a chegada de Doumbia. Estava confirmada a saída de mais um homem do batalhão dos leões, durante uma batalha. Momento estranho para se ler publicamente um pergaminho.

Estranha foi também a atitude dos leões, no território árabe: depois de os Nunos terem dado vantagem ao seu batalhão, os combatentes de Amorim praticamente olvidaram o ataque, vendo o batalhão de Portimão crescer e ameaçar, até à pausa.

Já na segunda etapa, que verdadeiramente não contou com a presença do fugitivo que só quer saber das horas em Moscovo, um compatriota desse fugitivo iria entrar no campo e ajudar os árabes. Mas um fariseu, senhor da Lei e possuidor de trinta moedas na sua mão, ofereceu esses metais ao homem das Terras de Vera Cruz e este, como esperado, aceitou e entrou para auxiliar os leões.

A doença misteriosa que afetou a humanidade naquela época não permitiu a presença de apoiantes no campo de batalha. Mas no exterior do recinto ouviam-se vozes da multidão, que pedia para o juiz terminar rapidamente o duelo. Há muito que se tinha visto quem sairia triunfante daquela disputa. E o desafio ameaçava arrastar-se sem suscitar muito interesse e sem…

– Ah! Acabou! – gritava a multidão – Aleluia!

Palavra da Salvação.

 

NMT, ZAP //

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