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Portimonense 0-2 Sporting | Entrada de leão garante vitória

O Sporting mantém o registo 100% vitorioso na Liga NOS – duas vitórias, já que tem um jogo em atraso, referente à primeira jornada.

Na visita ao Portimonense, o emblema de Alvalade teve uma entrada “de leão”, marcou dois excelentes golos nos primeiros minutos e depois foi aguentar a pressão do Portimonense em busca do golo. E já se sabe que esta equipa de Rúben Amorim sente-se muito confortável a fazê-lo.

Neste jogo, destaque para a estreia de Bruno Tabata, e logo contra a sua antiga equipa. Mas a grande figura foi outra.

 

O jogo explicado em números

  • O jogo ainda estava na fase de “estudo” quando Nuno Mendes se estreou a marcar pela equipa principal leonina com um fantástico golo, ao segundo remate enquadrado leonino com a baliza algarvia. Os primeiros dez minutos coroavam um arranque de jogo interessante, com cinco remates entre ambas as equipas.
  • Aos 11 minutos seria a vez de Nuno Santos cabecear para o segundo golo leonino, respondendo a um cruzamento de Porro. Mais um belo golo dos “leões”, que confirmavam uma entrada forte na partida.
  • O emblema de Alvalade entrou a todo o gás, como querendo esquecer rapidamente a goleada de quinta-feira com o LASK Linz na Liga Europa. E conseguiu-o com uma atitude competitiva muito interessante, confiança e criatividade, com lances de ataque de grande qualidade. Aos 20 minutos o Sporting registava 65% de posse de bola, mas também seis remates, três deles enquadrados, com 62% do seu futebol a ser canalizado pelo flanco direito.
  • Apesar disso, eram os dois homens do lado oposto, os dois Nunos, quem brilhavam e tinham no seu registo os golos da partida. Por volta dos 35 minutos, Nuno Mendes e Nuno Santos lideravam os ratings, com 6.9, ambos com duas recuperações de posse, o lateral com três acções defensivas no meio-campo contrário, o extremo com um passe para finalização.
  • O Portimonense equilibrava, entretanto, a questão da posse de bola e tentava reduzir, mas só somava quatro acções com bola na área contrária, pelo que as ocasiões de golo rareavam junto a Antonio Adán. E quando apareciam, o espanhol ia resolvendo, com algumas intervenções importantes.
  • Início arrasador do Sporting, a marcar dois golos muito cedo, e que golos, o primeiro, por Nuno Mendes, numa incrível jogada individual, o segundo, por Nuno Santos, a concluir um belo lance colectivo.
  • O Portimonense viu-se obrigado a reagir e conseguiu, chegando ao intervalo com a mesma posse de bola do “leão”, mas melhor no remate.
  • Faltou eficácia para ultrapassar um guardião leonino atento. Antonio Adán foi o melhor na primeira parte, com um GoalPoint Rating de 7.2, com quatro defesas, três a remates na sua grande área.
  • Boa reentrada do Portimonense, com algumas jogadas de envolvimento e mais bola, cerca de 60% de posse à passagem da hora de jogo. No ataque, tudo empatado, com dois remates para cada lado e pouco menos de 80% de eficácia de passe de ambos os conjuntos. Acções nas áreas, poucas, os algarvios duas, os lisboetas apenas uma, numa fase de jogo algo confusa. Ainda assim, os anfitriões pareciam mais perto de reduzir do que de sofrer.
  • Aos 71 minutos, estreia de Bruno Tabata no Sporting, precisamente frente à equipa que representava ainda há poucas semanas. A ideia era, certamente, contrariar a superioridade que o Portimonense demonstrava nesta fase, com 64% de posse, mas poucas ideias, pouca eficácia e alguns espaços que começava a conceder na sua defensiva, que o extremo brasileiro poderia aproveitar.
  • E poderia ter aproveitado aos 86 minutos, quando se isolou e, perante Samuel Portugal, atirou fraco para a defesa do guardião brasileiro. Nesta fase ainda havia mais Portimonense, mas o “leão” estava organizado e sólido e não dava espaços para que o adversário criasse perigo. Ainda assim, não fosse Adán e Vaz Té teria marcado já nos descontos.

 

Luís Forra / Lusa

O melhor em campo GoalPoint

Cresce a cada jogo e, com apenas 18 anos, nem nos atrevemos a antever a que patamar pode chegar, perante o potencial que revela.

Nuno Mendes foi o melhor em campo no triunfo leonino em Portimão, e muito por culpa do grande golo que marcou, logo aos quatro minutos, após recuperar a bola e passar por três adversários, antes de bater Samuel. Mas o GoalPoint Rating de 7.9 reflecte também um só passe falhado em 18, três acções com bola na área contrária, dois dribles eficazes, ambos no último terço, mas também cinco desarmes.

Jogadores em foco

  • Antonio Adán 7.7 – O Portimonense ficou a zeros e a culpa foi de Adán. O guardião espanhol do Sporting esteve intratável nas diversas situações com que deparou, registando seis defesas, quatro delas a remates na sua grande área, uma a disparo a menos de oito metros.
  • Pedro Gonçalves 6.8 – Estaremos perante o novo “patrão” do meio-campo leonino? Pedro Gonçalves esteve um pouco por todo o lado, colocando ordem no sector, mas surgindo, também, nos flancos. Fez dois passes para finalização, dois cruzamentos eficazes (100%), dez recuperações de posse, cinco desarmes e três intercepções.
  • Welinton Júnior 6.7 – O melhor elemento dos algarvios. Pecou na finalização, pois não enquadrou nenhum dos três remates que realizou, mas completou as quatro tentativas de drible, somou quatro acções com bola na área sportinguista e ainda registou seis desarmes, o máximo da partida.
  • Dener 6.2 – Um jogador versátil, de cariz ofensivo, que vem buscar a bola atrás para a transportar, integra-se bem no ataque e é competente nos lances pelo ar. Fez três passes para finalização, somou o número máximo de acções com bola (78), ganhou os quatro duelos aéreos defensivos em que participou e conseguiu quatro acções com bola na área contrária.
  • Nuno Santos 6.2 – O extremo começa, aos poucos, a mostrar serviço. Excelente golo no arranque da partida, ao qual juntou velocidade, boas decisões e qualidade técnica. As suas movimentações complicam e muito as marcações contrárias.
  • Bruno Tabata 5.2 – Estreia do brasileiro no Sporting, e logo frente ao “seu” Portimonense. O extremo entrou bem, completou todos os (11) passes que fez, mas desperdiçou uma ocasião flagrante.

 

Resumo

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