A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alerta que ainda existe, em Portugal, um estereótipo sexual sobre as mulheres imigrantes brasileiras – que são, frequentemente, vistas como prostitutas ou “mercadoria”.
No Relatório sobre Migrações Mundiais 2024, divulgado esta terça-feira, a OIM alertou para a persistência do “estereótipo sexual” sobre mulheres imigrantes brasileiras em Portugal.
A estrutura das Nações Unidades salientou que, em Portugal, as brasileiras são, vulgarmente, estigmatizadas como prostitutas.
Tal contexto, refere o relatório, leva a riscos acrescidos de as mulheres sofrerem assédio sexual e violência de género.
Um dos casos recentes mais conhecidos de discriminação aconteceu em 2020, na Universidade do Porto, quando o professor da Faculdade de Economia (FEP), Pedro Cosme Vieira, disse, numa aula da Licenciatura em Ciência da Comunicação, que “as mulheres brasileiras são uma mercadoria”.
Este e outros comentários do género valeram o despedimento do professor, após a denúncia assinada por 129 alunos de Ciência da Comunicação, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), que expuseram atitudes que incitavam ao ódio e constituíam crimes de assédio e discriminação.
Há pouco menos de um mês, o ZAP noticiou que há cada vez mais casos de crimes de ódio, em Portugal, com a comunidade brasileira a ser a mais afetada.
Um dos exemplos mais claros da discriminação ocorre no setor imobiliário, em que casos de recusa explícita de aluguer a estrangeiros – particularmente a brasileiros – são frequentemente reportados.
O relatório publicado esta terça-feira indica que Portugal estava entre os 20 países com maior número relativo de emigrantes em 1995 – um valor que, apesar disso, baixou em 2020, de acordo com a contabilidade das autoridades.
No que respeita ao tipo de emigração, a Itália e Portugal são os dois países europeus que têm mais homens emigrantes que mulheres, segundo a OIM.
Miguel Esteves, ZAP // Lusa
Pelo Amor da Santa, só pode ser brincadeira as brasileiras sentem-se discriminadas ? É simples como dizem tão mal de Portugal e dos portugueses voltem para o a terra delas !