António Cotrim/Lusa
Há cada vez mais casos de crimes de ódio e a comunidade brasileira é a mais afetada. Consequências, poucas. “Impunidade” associada ao avanço de partidos de extrema-direita pode multiplicar casos.
Na Internet ou em público, os dados são alarmantes. A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) e a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) nunca tinham recebido tantas queixas de crimes de ódio em Portugal.
Só em 2023, o Ministério Público instaurou 262 inquéritos por crimes de ódio, um aumento de 38% em relação ao ano anterior. A PSP e a GNR registaram 347 crimes de discriminação e incitamento ao ódio em 2023, mais 77 casos do que em 2022.
A Internet também é cada vez mais palco para o ódio. A Linha Internet Segura da APAV, que abre portas à denúncia de conteúdos discriminatórios, raciais, homofóbicos e xenófobos encontrados online, tem sido cada vez mais contactada.
“A nacionalidade o fator que mais frequentemente está na base da discriminação, seguindo-se situações relacionadas com a cor da pele”, conta ao Jornal de Notícias a gestora da Rede de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação da APAV, Joana Menezes.
O maior foco de discriminação recai sobre a comunidade brasileira, que relata desafios como a restrição no acesso à habitação e ao emprego.
Um dos exemplos mais claros da discriminação ocorre no setor imobiliário. Casos de recusa explícita de aluguer a estrangeiros, particularmente a brasileiros, são frequentemente reportados.
“É frequente ouvirem, de forma muito clara, que não se alugam casas a estrangeiros ou a brasileiros. Tivemos uma situação de um casal homossexual e brasileiro que sentiu discriminação na visita a uma casa pelo agente imobiliário”, conta Menezes.
“As pessoas perderam a vergonha de serem xenófobas e racistas”, desabafa ao JN o jornalista e comentador de futebol Bruno Andrade, brasileiro que vive em Portugal há 10 anos.
“Sempre fui ameaçado, mas antes recebia mensagens privadas, agora são ataques públicos”. Já recebeu comentários como “Volta para a tua terra”, “macaco” ou “favelado”, conta ao matutino o brasileiro de dupla nacionalidade.
“Nos últimos cinco anos, há mais agressividade” e “aumentou, exponencialmente, o número de mortes”, alerta o dirigente da SOS Racismo, Nuno Silva.
O cenário de discriminação chega de mãos dadas com o “avanço de partidos políticos e movimentos de extrema-direita“, avisa a coordenadora do Observatório do Racismo e Xenofobia.
“Os chamados crimes de ódio poderão multiplicar-se, se um sentimento de impunidade se associar ao avanço de partidos políticos e movimentos de extrema-direita de cariz racista e xenófobo, fazendo vir ao de cima preconceitos que estavam mais escondidos” na sociedade, diz Tereza Pizarro Beleza.
Em 2022, os estrangeiros contribuíram com 1861 milhões de euros para a Segurança Social, enquanto beneficiaram de cerca de 257 milhões em prestações estatais — um saldo bastante positivo para o Estado.
Bem vindos à realidade de “Os portugueses não são racistas”…
Que ideia…
Pois claro que batem recordes, e isto porque????, porque devido a politica da esquerdalha, tudo o que fazemos pode ser crime de odio, ainda a pouco tempo li que um imigrante foi pedir ajuda a Seguranca Social, ajuda essa que foi negada…, e quando o funcionario afirmou, “se o Sr. nao tem meios de subsistencia para se manter em Portugal, o melhor e regressar ao seu Pais…”, o empregado foi imediatamente acusado de Xenofobia por varias ONG da Esquerdalha!!!!!, tudo isto, quando ele se limitou a descrever a Lei, que eu saiba, a lei diz que um Estrangeiro que vive em Portugal a mais de 3 Meses, se nao tiver meios de subsistencia, tem de abandonar o Pais, isto e o que dizem a qualquer Portugues Emigrado num Pais Europeu, mas claro esta, aos olhos da Esquerdalha isto e Xenofobia!!!!!, sabem que mais, por este andar…, no futuro um branco que pinte a sua cara de preto sera acusado de Racismo!!!!!
isso ou as pessoas estão mais delicadas e tudo as ofende…. Tudo é racismo e opressão a ponto de querem amordaçar tudo que ofenda os seus próprios sentimentos
Coitadinhos dos Brasileiros, no Brasil deliciam-se com anedotas sobre os Portugueses, estao constantemente a denegrir os Portugueses, e quando vem para Portugal…, sentem-se descriminados!!!!, na verdade, a Cultura Brasileira e muito estranha…
Teixeira, sabe qual e a realidade, crimes de odio em Portugal representam 2% das condenacoes em Tribunal, que infelizmente este artigo nao diz se aumentou, neste campo, estamos na cauda da Europa, acha muito 2%!!!!!!, fique sabendo que ha um Pais Nordico em que a percentagem e de…, 14%!!!!!!, so gostaria de saber qual a percentagem no Brasil…
Rui Sampaio, e dai que só 2% das condenações sejam por crimes de ódio? Quer dizer o quê com isso? Que há poucos? Ou que os tribunais se estejam marimbando para o assunto? Ou quer dizer com isso que os portugueses, em geral, não são racistas?
Sentiu-se ofendido? Enfiou a carapuça?
Diga lá…
Faz lembrar aquele vergonhoso PR que disse que 400 casos de pedofilia na Igreja “não é particularmente elevado”.
Vergonha alheia de gentinha assim.