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PS diz que Marcelo deve vitória aos socialistas (e cobra-lhe apoio em tempos difíceis)

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António Cotrim / Lusa

O presidente do PS, Carlos César

“A democracia venceu na primeira volta e o extremismo de direita foi derrotado”. É desta forma que o presidente do PS, Carlos César, comenta os resultados das eleições presidenciais ganhas por Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que o Presidente da República deve a reeleição aos socialistas.

“Os eleitores socialistas conferiram, de forma esmagadora, o seu apoio a Marcelo Rebelo de Sousa”, aponta Carlos César na reacção do PS aos resultados das eleições presidenciais 2021.

O presidente do PS quis vincar que Marcelo deve a reeleição aos socialistas e, especialmente, à estratégia de António Costa que lhe deu o seu apoio, recusando apresentar um candidato próprio e negando apoio a Ana Gomes.

Carlos César considera que os eleitores socialistas “terão também, de forma significativa, votado em Ana Gomes”. Mas não duvida de que é “aos eleitores socialistas que se deve esta vitória da democracia e, sobretudo, que a democracia tenha saído vencedora logo à primeira volta“.

Destacando que Marcelo Rebelo de Sousa mereceu “a confiança e o voto dos eleitores do PS”, Carlos César salienta ainda que “fez bem o PS, valorizando a condição unipessoal e não partidária da eleição, em deixar ao critério de cada um dos seus dirigentes e eleitores a avaliação dos méritos das candidaturas”, sem apoiar oficialmente qualquer candidato.

Felicitando “de forma especial” Marcelo Rebelo de Sousa pela reeleição “com uma margem folgada”, César também nota que é a vitória de uma candidatura que “satisfez a escolha dos que, mais à esquerda ou mais ao centro, apreciaram uma forma aberta e próxima das pessoas no exercício do cargo de Presidente da República e que apreciam a moderação, a ponderação e o equilíbrio nas decisões, para além de uma capacidade alargada de diálogo, de procura de convergências, de aposta na estabilidade política, envolvendo todas as forças partidárias e todos os parceiros sociais”.

Portanto, foi também uma vitória do PS e do Governo, interpretando as palavras de Carlos César.

O presidente do PS também faz questão de deixar recados a Marcelo, salientando que a sua vitória “é uma boa notícia” para “a confirmação do regime democrático” e para a “valorização da estabilidade política” e da “continuidade de uma prática responsável de cooperação institucional entre o Governo e o Presidente da República”.

Esta cooperação será “ainda mais importante” no futuro próximo, “considerando as dificuldades da crise que atravessamos e que se irão prolongar”, alerta ainda o presidente do PS.

Reforçando o aviso a Marcelo, César realça que é “muito essencial a cooperação entre as várias instituições, especialmente entre o Presidente da República e o Governo”.

 

“André Ventura é ameaça maior ao PSD do que ao país”

Quanto à “competição eleitoral” pelo 2º lugar entre Ana Gomes e André Ventura, César considera que “não é importante”.

“A extrema direita em Portugal, com mais 2 pontos ou menos 2 pontos percentuais, é uma realidade com a qual nos devemos confrontar com coragem, com lucidez, apostando na democracia e nos seus méritos”, vinca.

André Ventura é “por enquanto, mas só por enquanto, uma ameaça maior ao PSD do que ao país”, constata também.

César também comenta a “elevada abstenção”, destacando que estará relacionada com vários factores, nomeadamente com a “situação difícil do ponto de vista sanitário”, “as filas”, a “chuva”, “a convicção de vitória” de Marcelo que “desmobilizou alguns eleitores” e a “abstenção técnica” motivada pelas dificuldades de votação no estrangeiro.

Apesar disso, o presidente do PS entende que foi uma votação “muito honrosa” e com “uma elevada legitimidade democrática”.

Susana Valente, ZAP //

1 Comment

  1. Este homem, o César, destila ódio! Se querem um ditador a sério, votem nele! André Ventura ao pé dele é um aprendiz! O senhor C. César é daqueles que diz que a democracia é do PS, dos apoiantes do PS dos amigos do PS e daqueles que dizem que votam no PS. Os outros são todos fascistas, racistas, xenofobistas, homofobistas, e outros “istas” que ele bem entender.
    Tenho pena dos Açorianos… continuam a ser enganados à boca cheia! Avé César!

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