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Já está perto de menos de metade, mas a média portuguesa é bem superior à europeia. Rendimento de cada país origina contrastes.
O Inquérito Internacional da Gallup International (EoY) foi realizado em 42 países de todo o mundo. Em Portugal, foi conduzido pela Intercampus.
Após mais de 43 mil entrevistas sobre o posicionamento face à religião, entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, verificou-se que Portugal é um “caso distinto” na Europa, como se lê em comunicado enviado ao ZAP.
A média europeia é de 37% de crentes e praticantes religiosos. Mas em Portugal a percentagem sobe para 52%. Tem vindo a descer mas ainda se situa acima de metade da população.
33% dos inquiridos em Portugal disseram não ser religioso e apenas 11% responderam que são ateus convictos.
É uma “posição singular” no contexto europeu, já que na Europa a maior percentagem (44%) é de pessoas que não é praticante religiosa. 11% respondeu ser ateu.
Assim, os 52% de religiosos em Portugal estão claramente mais perto da média mundial (55%) em vez dos 52% na Europa.
O país com mais crentes e praticantes religiosos é o Paquistão (94%), à frente de Quénia (93%), Geórgia (93%) e Iraque (92%).
No outro extremo, a China é o país com mais ateus (58%), seguida por Japão (31%) e Coreia do Sul (23%).
Este estudo também mostra que a ligação à religião está fortemente associado a fatores como: género, educação e rendimento dos países.
As mulheres (58%) são mais religiosas do que os homens (51%), como já acontecia.
Entre os inquiridos com estudos mais avançados, 50% é crente; entre quem tem menos nível de escolaridade, a percentagem sobe claramente para 67%.
A diferença mais evidente verifica-se no rendimento do país: nos países mais ricos, 36% dos inquiridos disseram ser religiosos; nos países com rendimento menor, foram 78%.
No global, a queda é evidente: há 20 anos, 68% dos inquiridos em todo o planeta afirmavam ser religiosos; agora são 55%.