Dos três candidatos que tiveram direito a subvenção do Estado – sendo eles Marcelo Rebelo de Sousa, Ana Gomes e André Ventura – o líder do Chega foi o que recebeu mais, sendo que o atual Presidente foi o que recebeu menos.
Segundo os dados da secretaria-geral da Assembleia da República, divulgados pelo DN, a campanha de André Ventura recebeu a maior subvenção entre as candidaturas às últimas eleições presidenciais, que foram as mais baratas de sempre para o erário público.
O deputado do Chega recebeu uma subvenção pública no valor de 146 072 euros. Já Ana Gomes, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais, recebeu um montante um pouco abaixo – 132 434 euros.
Longe destes valores encontrar-se Marcelo Rebelo de Sousa, que venceu as presidenciais por larguíssima margem, e que recebeu uma subvenção do Estado no valor de 23 826 euros.
Apesar de Marcelo ter sido o candidato mais votado, o valor da subvenção prende-se com o facto do atual Chefe de Estado ter gasto menos dinheiro durante a campanha eleitoral que antecedeu as eleições presidenciais que se realizaram em janeiro deste ano.
Marcelo Rebelo de Sousa fez poucas ações de rua, não teve qualquer material de campanha, não fez um site da candidatura e nem sequer teve tempo de antena, apresentando um orçamento que previa apenas uma despesa de 25 mil euros.
Todos os outros candidatos às presidenciais não receberam qualquer apoio público aos gastos da campanha eleitoral, dado que a lei impõe uma barreira mínima de 5% dos votos para ter acesso à subvenção.
No total, as subvenções pagas pela Assembleia da República saldaram-se por um total de 302 333 mil euros, muito abaixo do teto de 3,5 milhões disponível para este efeito.