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Nota artística: noite feliz, sejamos confiantes

Quando eles começam a caminhar pelo campo, ninguém sabe o que vai acontecer. Quando eles se perdem pelos campos, ninguém sabe quem se vai perder primeiro. Seja qual for o contexto, seja qual for o confronto, quando o mesmo se inicia, há sempre algo escondido: o resultado final.

Em Braga não seria diferente. Aquelas pedras maiores do que a Sé local iriam assistir a um desafio que tem levantado muitas emoções nos últimos anos, entre campeonato e taças. O Sporting de Braga poderia partir como favorito mas o Rio Ave, apesar de andar a meio da tabela, só tinha sofrido sete golos em nove jogos.

Espera-se sempre a tal emoção. E espera-se sempre um encanto especial de um ou mais jogadores, embora se desconheça de onde esse encanto vai chegar.

Desencantado ficou Galeno, bem cedo. O avançado da equipa da casa nem chegou aos 20 minutos em campo. Estava frio lá fora e, aparentemente, também Galeno entrou frio para o jogo.

Galeno fica a olhar para um jogo em que a sua equipa estava a passar por dificuldades. Lá vai Mané, lá vai Dala, lá vai Mané outra vez… Rio Ave mais perigoso mas os minhotos é que marcaram. A salvação do Sporting de Braga estava outra vez na Horta.

Se na primeira parte o melhor que se retirou do Sporting de Braga foi a eficácia, na segunda parte pouco se retirou do Rio Ave. Fransérgio dobrou a vantagem anfitriã e o treinador adversário começou a mudar peças e esquemas. A certa altura, Mário Silva olhou para o céu e pensou: “Estendi-me ao comprido”.

Aí a noite já passou a ser fria para o lado de Vila do Conde, que procurava abrigo em qualquer canto.

O mesmo céu para onde Mário Silva olhava era de alegria para os seus adversários, que ainda marcaram novamente, pela estrela brilhante chamada Paulinho, que pouco tem brilhado no campeonato. E aí, se o 2-0 ainda poderia levantar dúvidas, o 3-0 deixou a gente local a sorrir.

Portanto, o Rio Ave tinha encaixado sete golos até chegar a Braga. Agora já são 10. Não foi uma noite feliz para os verdes e brancos.

Assim fechou o último jogo da I Liga antes do Natal.

E já daqui se vê o novo ano. Parabéns a quem superou 2020 com alegria e confiança. E, talvez, 2021 seja um ano maravilhoso. Afinal, quando há um ano nos preparávamos para o Natal de 2019, quem sabia que 2020 iria ser assim?

Ninguém sabe o que vem aí. Sejamos confiantes.

E diz-me lá, estimado leitor,
Se não fui tão original
Ao preparar este musical
Com tal dose de amor
E repleto de músicas de Natal…

NMT, ZAP //

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