Os turcos se calhar trabalham mais do que Ventura pensa, a liberdade de expressão é só quando dá jeito. E onde estão os juristas?
O debate até era centrado no novo aeroporto da zona de Lisboa, que será construído em Alcochete.
Quando estava a falar na sexta-feira, André Ventura disse que o aeroporto deveria ficar pronto mais rapidamente. Que não era preciso esperar 10 ou 15 anos porque o aeroporto de Istambul ficou pronto em 5 anos.
E soltou a famosa frase, em plena Assembleia da República: “Os turcos não são propriamente conhecidos por serem o povo mais trabalhador do mundo”.
Mas o teatro do dia não foi só aí.
Primeiro acto: os turcos
O espectáculo do Chega (ou seja, de André Ventura) começou por aí. Fica a ideia de que foi uma frase que lhe saiu de improviso. Aliás, o líder do Chega até ficou parcialmente incomodado, ligeiramente constrangido, mal disse aquela frase e viu a reacção à esquerda.
Não está aqui em questão se foi realmente grave. Foi uma frase que poderia ter saído em qualquer conversa descontraída num café – mas a Assembleia da República não é um café. Não disse que os turcos são ladrões, assassinos ou violadores; mas poderia ter evitado.
O foco não é esse. O foco: é verdade? André Ventura disse aquilo com base no quê?
Diversos artigos já lembraram o contrário. A rádio Renascença, por exemplo, cita dados da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
Esses números mostram que a Turquia é o segundo país onde se trabalha mais tempo, com média de 45 horas por semana. Só superada pela Colômbia.
Está no 20.º lugar nos países que geram maior riqueza por trabalhador – em ambos os casos está à frente de… Portugal.
Ricardo Costa olhou para a História recente e lembrou na SIC Notícias que, depois da II Guerra Mundial, quando a República Federal da Alemanha precisou de trabalhadores, assinou um “acordo de recrutamento” com a Turquia. Foi o terceiro acordo do género, depois de Itália e Espanha. Ainda hoje o maior grupo de imigrantes na Alemanha é de origem turca: pelo menos 3 milhões de pessoas.
Por isso, Ventura disse aquela frase com base no quê? Nas piadas que ouvia na década 1980 e 1990, quando era criança ou adolescente? É essa a “verdade”?
Segundo acto: liberdade de expressão
Também não está aqui em questão se Aguiar-Branco deveria ter advertido André Ventura. Há quem ache que sim, há quem ache que não. E os dois lados têm fundamentos lógicos.
Qualquer deputado “tem absoluta liberdade de expressão para se exprimir”, alegou o presidente da Assembleia da República, perante os aplausos de todos os deputados do Chega – alguns até aplaudiram de pé, pouco depois.
A questão foi o que se passou três ou quatro horas depois. À tarde, no mesmo dia (sexta-feira), houve novo debate na Assembleia da República, por iniciativa do Chega: se deveria ser aberto um processo-crime contra Marcelo Rebelo de Sousa, por “traição à pátria”. Em causa as reparações às ex-colónias que o Presidente da República sugeriu.
Ou seja, aí, o Chega queria 10 anos de prisão para Marcelo porque o presidente da República teve… liberdade de expressão.
Queria punir um momento de liberdade de expressão de Marcelo Rebelo de Sousa, mas bateu palmas a Aguiar-Branco quando este defendeu a liberdade de expressão para cada deputado dizer o que quiser.
Além de uma cena igualmente particular neste segundo acto: “traição à pátria”. Parece crime de regimes de ditadura.
Terceiro acto: os juristas
A proposta foi rejeitada por todos os outros partidos, como se esperava.
A ideia de “um contra todos, todos contra um” foi bem visível na tarde de sexta-feira. Houve palavras muito duras contra o Chega: Rui Rocha (IL) a apontar o dedo, Rui Tavares (Livre) exaltado, António Filipe (PCP) irritado como nunca se viu.
E uma pergunta importante proveniente do BE: onde estão os pareceres dos juristas? Quem são os juristas?
Contexto: já no dia 7 de Maio, quando anunciou que a queixa crime iria avançar, o Chega explicou que, antes de anunciar decisão, falou com “conceituados juristas e professores de direito” – mas não disse quem.
E, já no debate, António Filipe lembrou: “Conversa tem muita, pareceres jurídicos nem um”.
Fabian Figueiredo (BE) perguntou directamente a André Ventura: “Quem foram esses juristas? Mostre os pareceres à Assembleia da República. O que é que teme?”.
O terceiro acto ainda não terminou: ninguém leu os pareceres, ninguém sabe quem são os juristas.
E dizer que os trabalhadores portugueses são pouco produtivos o que será?
Trabalhar mais tempo diz pouco. O que interessa é o quão BEM se trabalha.
Os Países Baixos trabalham o número mínimo de horas em média. Mas são altamente produtivos.
Diga-se em prol da verdade que a fama que o ventura tem também não é por ser um mouro de trabalho!
O Partido Chega (CH) é uma fraude, participou na convenção «Europa Viva 2024», em Madrid, Espanha, um evento organizado e financiado pelo liberal/globalista, Elliott Abrams, que ocupa o cargo de administrador no «National Endowment for Democracy» organismo da Agência Central de Inteligência («CIA») e financiado por George Soros.
Resumindo, o Partido Chega (CH) que diz ser contra o Globalismo, ideologia de género, woke, e emigração, é apoiado e financiado por aqueles que promovem essa agenda.
Impressionante !!! O racismo e xenofobia bandeira do populismo da extrema esquerda e algumas associações que vivem de subsídios do estado e que precisam de protagonismo, conseguiram criar um alarido com a chancela dos média do costume e seus comentadeiros, baseados numa frase em que a essência era a evidencia de uma ineficácia gritante da produtividade portuguesa em relação aos turcos, devendo os partidos debater o porquê dessa ineficácia muitas vezes resultantes de excessos de burocracia ,má gestão e compadrio, mas pelo contrário decidiram debater um pseudo racismo ou xenofobia. Amanhã os nossos políticos irão debater temas essenciais para o bem de país tal como o fim das piadas sobre os alentejanos ou piadas sobre um português, um francês e um alemão, que são altamente discriminatórias.
Viva o chega!!!!!
Qualquer dia já nem a Rua Das Pretas, em Lisboa, Pode ter esse nome.
Vamos num caminho que vamos ser estrangeiros no nosso País., onde os Estrangeiros de outra cor de pele, vão subjugar-nos.
Eu sou Branco mas já senti racismo puro de Africanos e Indianos que vivem cá.
Não há Brancos nem Pretos, existem pessoas, se não estás bem com as outras Pessoas de cor podes emigrar pessoas como tu não fazem falta num País democrata como Portugal,eu já andei por vários Países Europeus e nunca me senti discriminado como os estrangeiros aqui em Portugal, quem estiver mal muda-se.
Tudo lhes serve para andarem nas bocas do mundo! Agora, serem úteis ao País é que já é outra história…
Convido a fazer o mesmo exercício com outros políticos. Mas melhor ainda, era deixarem de andar a apontar dedos e fazerem alguma coisa pelos Portugueses.
Bela peça jornalística, completamente enviesada e cheia de incorreções… parabéns Sr jornalista. Bom trabalho!
Viva a liberdade de expressão e a democracia.
Claro que há brancos e pretos! Cambada de hipócritas.
As minorias sabem muito bem defender-se, se há coisa que aprendem rápido é conhecer os seus direitos, deveres não interessam mas direitos conhecem-nos bem.
Sabem mais eles que eu.
Coitado do Ventura , tão criticado , tão mal amado , de Líder de bancada tornou-se o “Calimero” da A.R , ouvi-lo queixar-se é de chorar para não rir !