“Pessoas que menstruam”. PSD pede esclarecimentos sobre campanha da DGS

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Estela Silva / Lusa

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins

Deputados do PSD querem saber se a ministra da Saúde autorizou a utilização da expressão na campanha da DGS.

O grupo parlamentar do PSD pretende que a ministra da Saúde esclareça se autorizou a campanha da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a menstruação que utiliza a expressão “pessoas que menstruam” em vez de “mulheres”.

Para esse pedido de esclarecimentos a Ana Paula Martins, a bancada social-democrata utilizou a figura da pergunta, questionando a ministra se teve conhecimento prévio da campanha lançada pela DGS em 9 de julho.

Em causa está um questionário online intitulado “Vamos falar de menstruação?”, com o objetivo de “realizar um diagnóstico de situação sobre saúde menstrual em Portugal”, e para o qual a DGS, “com vista a melhorar a resposta dos serviços públicos de saúde”, convida à participação de “todas as pessoas que menstruam“.

A bancada do PSD considerou que, ao invés de utilizar a palavra “mulheres” nesta sua iniciativa, a DGS “optou pela expressão pessoas que menstruam” numa campanha que “motivou forte contestação e polémica junto da sociedade civil”.

“Sucede que a mudança de linguagem deriva da ideologia defendida por alguns e não da ciência. Parece-me que uma entidade como a DGS, pelos seus propósitos e razão de existência, deveria ser a primeira entidade a usar a ciência como base para a sua atuação”, refere a pergunta assinada pelo deputado Bruno Vitorino.

Perante isso, o PSD pretende saber se a ministra da Saúde autorizou os termos em que a campanha foi lançada e “porque alterou a DGS a palavra “mulher” por “pessoa que menstrua”” e em que base científica sustentou essa “nova interpretação”.

Questiona ainda qual a legislação nacional ou decisão de órgão de soberania que “ditou a aprovação da mudança de linguagem para a usada pela DGS”.

ZAP // Lusa

21 Comments

  1. Mais um nao-caso. Desperdicio de tempo e dinheiro. Deviam deixar a Ministra focar se no que é mais importante na area da saude Mas pronto, para combater a extrema direita nao ha como o proprio PSD tentar ser um pouco populista. Ajuda a esvaziar a extrema direita de conteudo. O PS usou uma tatica semelhante (“tatica do esvaziamento”) para esvaziar o Bloco de Esquerda e funcionou.

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  2. Todas as mulheres menstruam durante toda a duração das suas vidas? Não existem pessoas que menstruam que não são legalmente mulheres? O inquérito dirigia-se a todas as mulheres?

    Parece-me que existe muita gente com tanto medo de fantasmas que perdem a capacidade de ler e interpretar textos…

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  3. É incrível a forma como feministas babadas, woke,esquerda radical e pessoal do alfabeto destroem a importância, cor e papel das mulheres na atualidade. Pessoas que menstruam???? Brincamos? Só mulheres (nascidas com o sexo feminino,sistema reprodutor “de origem”) é que têm menstruação e engravidam. Deixem-se de quimera e estupidez,sff.A identidade biológica é algo imutável e inegável. Enfim, continuem a alimentar delírios de uma minoria demente

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  4. Será assim tão difícil usar palavras como “mulher” “mãe”, “grávida” e admitirem que só existem 2 géneros e que estes são definidos pelo sexo durante a gestação? Não é uma questão de como nos sentimos, como achamos que deve ser. Acordem, sff…

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  5. “sobre a menstruação que utiliza a expressão “pessoas que menstruam” em vez de “mulheres”.”

    Existem por ai umas pessoas que se julgam mulheres apenas porque acordaram e decidiram sê-lo nesse dia…

    Seria tão bom que a mãe natureza lhes desse a essa ditas “pessoas” umas dores menstruais, umas menopausas, uns TPM’s etc , em 1 segundo este delírios passavam…

    Hahahahaha

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  6. Certmente iremos ter “pesoas gestantes” ou “que dão à luz”.

    E daqui a pouco só teremos “progenitor 1” e “progenitor 2” – cada umano só pode ter 2 biológicos, dêem as voltas que quiserem – “progenitor adoptivo 1” até N e, pela mesma lógica, “descendente 1” … “descendente N”.

    Quero ver como vão resolver a coisa com irmão/irmã, marido/esposa, avô/avó, tio/tia, primo/prima, cunhado/cunhada.

    Achos que vamos dar umas gargalhadas.

  7. Se o diagnóstico é sobre saúde menstrual em Portugal é perfeitamente natural que o questionário seja dirigido apenas a quem menstrua, o que neste caso não corresponde a todo o universo feminino.
    Parece-me que há pessoas aqui que têm de voltar à escola para perceber a lógica de grupos, subgrupos …

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  8. Então, pela “ciência” actual, não há Homem nem Mulher, só pessoas que menstruam e pessoas que não menstruam? E as que sentem que mesntruam?

  9. As mulheres deveriam sentir-se ofendidas! Quem menstrua é biologicamente mulher! Os outros, que se identificam com unicórnios que se tratem!

  10. Há 2 géneros: homem e mulher – definidos pelos genes, pela genitália. Até a cavidade pélvica é diferente entre os géneros! O conceito de família nuclear é homem e mulher (e filhos).
    Está parvoíce hoje tem de acabar, quem pensa que é um pinguim com 80 géneros que se trate…
    Outra coisa, bem diferente, são as escolhas sexuais de cada um e aí entra a liberdade de cada um escolher o parceiro que prefere.

  11. Oh volta para a escola: só as mulheres menstruam! Os homens, quanto muito, têm hemorróidas…
    Parece-me que você tinha algumas dificuldades em biologia e ciências…

  12. Tantos comentários preconceituosos contra as Feministas que nem sequer são as responsáveis pelo enunciado “mulheres que menstruam” que é um mantra da ideologia da extrema direita, que só considera mulheres as pessoas que menstruam.

  13. Parece-me que o diagnóstico é sobre a saúde mental e não menstrual ! Será que estamos todos a ficar doidos pretendendo transformar a língua , estupidamente a favor de uma parte infinitesimal do numero dos seus falantes que reduzem os restantes a zero ?! Quem é que nos perguntou se em vez de “mulher” queríamos passar a dizer ” pessoa que menstrua!”?! Para quê estes eufemismos meu deus?! Não culpem a esquerda porque esta questão foi levantada por este governo e, só foi posta nestes termos porque a ministra deu o seu aval! Isto é no mínimo ridículo! Não nos bastava o “desacordo ortográfico” para nos baralhar ainda arranjaram mais esta alteração da língua “por decreto”!

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