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Munições de Tancos foram usadas nas pistolas roubadas à PSP

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jfcbrunssum / Flickr

Militar português em treino com espingarda lança-granadas em Tancos

A investigação ao roubo de armas de guerra em Tancos encontrou ligações ao roubo de pistolas da PSP em 2017. Um dos oito detidos como autores materiais do furto é suspeito nos dois casos.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve oito pessoas no âmbito da investigação ao roubo de armas de Tancos, por suspeitas de serem os autores materiais do furto. Entre os detidos está um homem que já estava referenciado pelo alegado envolvimento no roubo de Janeiro de 2017 de 57 pistolas “Glock” da PSP, como avança o Correio da Manhã (CM).

O jornal nota que as munições roubadas em Tancos, que continuam desaparecidas, terão sido usadas nas pistolas “Glock”. Tratam-se de 1.450 munições de calibre 9 milímetros que não foram encontradas entre o material já recuperado.

A investigação aponta o ex-fuzileiro João Paulino, que já se encontrava detido, como o grande mentor do assalto.

O grupo de assaltantes terá contado com informações privilegiadas sobre “as rondas de vigilâncias, a localização das armas e o trajecto a fazer entre os paióis e a vedação nos Paóis Nacionais” de um furriel da base militar, como nota a Sábado.

Entretanto, haverá ainda um suspeito à solta, um ex-militar que conseguiu escapar à detenção por estar no estrangeiro, como refere o Diário de Notícias (DN). Este homem estaria a prestar serviço em Tancos aquando do roubo e terá entrado na GNR.

Os investigadores ouviram outro militar como testemunha no caso, por alegadamente ter incitado “os soldados da Guarda de Polícia” aos paióis a “prestarem falsas declarações“, mentindo sobre o facto de não terem realizado rondas de vigilância na noite do assalto, como constata o DN.

Além destes novos oito detidos e do ex-fuzileiro João Paulino, há mais oito militares implicados no caso, nomeadamente o ex-director-geral da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, e o Major Vasco Brazão, chefe da equipa da Polícia Judiciária Militar que investigou o roubo.

ZAP //

2 Comments

  1. Não dá para dizer grande coisa. Reparem só que tipo de gente (pode-se lhes dar outros nomes) que está metida nas nossas Forças Armadas, GNR e PSP, ao ponto de haver uma articulação de roubos, nas pistolas no Comando Geral da PSP, e nas munições em falta em Tancos, que serviriam perfeitamente nessas pistolas.

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