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Governo preocupado com falta de coordenação na caça ao “Piloto”

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Miguel Pereira da Silva / Lusa

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Já passaram nove dias desde que “Piloto” fugiu para parte incerta. O Governo, e sobretudo a ministra da Administração Interna, começam a ficar preocupados com a falta de resultados da operação policial montada pela GNR e PJ.

Passaram nove dias desde que Pedro Dias, agora mais conhecido por “Piloto”, matou um agente da GNR e um civil e deixou outras duas pessoas em estado grave. Continua a monte desde então.

Segundo o Diário de Notícias, a ausência de resultados envolvidas na “caça ao homem” do tiroteio em Aguiar da Beira estão a preocupar cada vez mais o Governo.

Em especial, a ministra da Administração Interna que, todos os dias, de acordo com o seu gabinete, telefona à PJ “para colocar à disposição todos os meios e recursos das polícias sob a sua tutela”.

É cada vez mais evidente o fracasso das operações que, segundo o DN, pode ser explicado pela falta de coordenação entre as forças policiais no terreno.

De acordo com algumas fontes envolvidas, a GNR e a Polícia Judiciária não reúnem para trocar informação e têm a sua própria operação em campo.

Além disso, fonte oficial da PSP também lamentou ao jornal que, apesar de terem dado todas as informações que tinham na sua base de dados sobre o suspeito, continuam a ser colocados “à margem das operações”.

“Mas em troca, nada. Estamos às escuras, apesar de termos responsabilidade na segurança das zonas urbanas da região alvo da operação”, afirma.

Em declarações ao DN, o ex-secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SG-SSI), Mário Mendes, alerta que a sua sucessora, a procuradora Helena Fazenda, devia estar mais em cima do caso.

“Faz parte das suas competências promover mecanismos de coordenação” em casos “desta gravidade que são uma ameaça à segurança pública”, declarou.

GNR está a tratar fuga como uma “ameaça de bomba”

A GNR tem realizado buscas em várias localidades do distrito de Vila Real, onde o fugitivo chegou a ser visto e onde deixou um carro que tinha roubado em Arouca.

Esta quarta-feira, o major Marco Cruz salientou que a estratégia policial que está a ser usada para tentar apanhar o suspeito é semelhante aos casos de “ameaças de bomba”.

A estratégia passa por “pressionar um bocadinho para ver se há um erro”, disse à Renascença.

“Este indivíduo está desgastado pelos muitos dias de fuga. Mesmo que durma, não dorme em condições normais, e está a ficar psicologicamente mais desgastado”, acrescentou.

Entretanto, a GNR está a apelar, através do Facebook, para que as pessoas não divulguem “a localização” das patrulhas que estão no terreno.

O homem, que já era conhecido das autoridades e é considerado “perigoso”, está a deixar as populações do distrito com “muito medo”.

A edição do Jornal de Notícias desta quinta-feira dá conta que, depois do tiroteio, Pedro Dias encontrou-se com a antiga companheira para pedir que lhe servisse de álibi.

ZAP

3 Comments

  1. É o que dá gostarmos de complicar, porque é que precisamos de uma GNR, uma PSP e uma PJ? Não podíamos ter apenas um organismo chamado “Polícia” para não termos esta falta de coordenação? A GNR tem responsabilidade numas zonas, a PSP noutras e a PJ noutras… mas que palhaçada é esta? É normal que assim não haja coordenação entre as várias forças de segurança… Enfim, é o Portugal que temos…

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