Mário Cruz / Lusa
A Federação Portuguesa do Táxi alerta para “avalanche” de burlas a envolver falsos taxistas no aeroporto de Lisboa. A ANA-Aeroportos de Portugal pede um reforço policial.
Não são taxistas. Também não são condutores TVDE. São apenas falsos taxistas… ou burlões.
Esperam os clientes dentro do aeroporto, levam-nos para carros pintados com as cores dos táxis, mas e, no fim da viagem, cobram valores exorbitantes.
Em entrevista à TSF, Carlos Silva, presidente da Federação Portuguesa do Táxi, denunciou que esta fraude está a aumentar de forma descontrolada.
“Estamos a assistir a uma avalanche de angariadores. É uma nova contrafação da marca táxi, só que, neste caso, o produto não é mais barato do que o oficial. Temos conhecimento de cobranças de centenas de euros para trajetos para o centro da cidade de Lisboa. Ainda há pouco tempo tivemos um caso de uma pessoa que foi para Cascais e pediram 618 euros“, contou.
“A pessoa nem tinha esse valor e disse: ‘Só tenho 500 euros.’ Ficou por 500 euros uma ida para Cascais”.
Segundo a TSF, até este mês, a polícia já multou mais de 380 falsos táxis que operam no aeroporto Humberto Delgado, tendo montado um dispositivo especial de controlo na zona das chegadas.
Num vídeo publicado pelo comando da Polícia de Segurança Pública (PSP), as autoridades alertam: “Normalmente, os angariadores tentam juntar-se junto à rampa, de forma a enganar as pessoas, que acabam normalmente burladas em centenas de euros”.
Carlos Silva aponta, no entanto, que as medidas implementadas pelas autoridades ainda não estão a ter resultados.
O problema no Aeroporto de Lisboa tem vindo a aumentar, o que levou a ANA-Aeroportos de Portugal a pedir um reforço policial.
Infelizmente não são só estes a cobrar valores exorbitantes ou a aldrabar percursos.
Desde os anos 90 que viajo e moro em Alvalade. Além de ser frequentemente insultado por um percurso são curto, já me tentaram levar pelo Areeiro, Praça de Espanha de volta à Praça de Alvalade. Tanto foram taxistas como mais recentemente TVDEs e afins. Estes vêm-se juntar a um esquema pelo menos com 30 anos.
E se neste 30 anos as autoridades competentes nãop acabaram com isto, é porque não querem e são incompetentes.