Pedro Dias, conhecido pelos homicídios de Aguiar da Beira, manifesta-se arrependido pelos crimes por que foi condenado a 25 anos de prisão, após cumprir dois anos da pena. Um arrependimento que é também um assumir de culpas pelas mortes de Luís Pinto e da mulher Liliane que sempre negou.
Durante o julgamento dos homicídios que ocorreram a 11 de Outubro de 2016, em Aguiar da Beira, na Guarda, Pedro Dias confessou ter disparado sobre dois agentes da GNR, um dos quais morreu, tendo o outro ficado ferido, mas sempre negou os disparos sobre Liliane e Luís Pinto que também faleceram, na sequência dos tiros.
Agora, após passar dois anos na prisão, Pedro Dias diz-se arrependido do que fez, conforme revela o seu advogado, Rui da Silva Leal, em declarações ao Correio da Manhã (CM).
“Hoje, tem plena consciência das pessoas que ficaram prejudicadas. Das pessoas que ficaram mal emocionalmente. E, se pudesse voltar atrás, nada do que aconteceu se repetiria”, refere o advogado.
Um arrependimento que os pais de Liliane desvalorizam. “O arrependimento dele não me diz nada. Nunca o demonstrou e agora é tarde demais“, refere António Jesus, o pai de Liliane que morreu aos 27 anos, a 12 de Abril de 2017, após cerca de meio ano internada na sequência dos ferimentos que lhe foram desferidos por Pedro Dias, conforme ficou provado em tribunal.
O marido de Liliane, Luís Pinto, morreu depois de ter sido atingido com um tiro na cabeça quando seguia com ela no carro, numa viagem que foi interrompida por Pedro Dias, depois de já ter baleado os agentes da GNR.
Pedro Dias foi condenado a 25 anos de prisão há cerca de dois anos e meio por três homicídios na forma consumada e um na forma tentada. Está a cumprir pena no Estabelecimento Prisional de Coimbra. “Agora tem tempo para pensar em tudo. Na sua vida, no que fez e também na vida dos outros”, constata o seu advogado ao CM.
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