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Novos casos suspeitos de coronavírus em Portugal deram negativo. Cruzeiro no Japão tem 10 pessoas infetadas

Jeon Heon-Kyun / EPA

As análises aos dois novos casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus (2019-nCov) em Portugal deram negativo, informou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Na nota, a DGS lembra que estes dois casos suspeitos tinham sido encaminhados na terça-feira para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Estes dois casos, que elevam para quatro o número de casos suspeitos em Portugal, são dois homens portugueses com 40 e 44 anos, residentes na zona da Grande Lisboa.

Um deles era contacto do grupo de cidadãos alemães contagiados no decurso de uma formação na Alemanha, ministrada por um funcionário da empresa que viajou da China para o efeito.

O primeiro caso de suspeita de infeção pelo novo coronavírus em Portugal foi reportado a 26 de janeiro num homem regressado da China e que esteve sob observação no Hospital Curry Cabral, por suspeita de infeção pelo novo coronavírus, que surgiu em dezembro passado em Wuhan. O segundo deu-se com um cidadão de nacionalidade estrangeira que deu entrada no Hospital de São João, no Porto, em 31 de janeiro.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, a diretora-geral de saúde explicou que o cidadão português de 40 anos foi colocado em vigilância no regresso a Portugal e que foi o sistema de monitorização que permitiu a deteção precoce dos sintomas.

Vinte pessoas estão em internamento voluntário no Hospital Curry Cabral, depois de terem sido repatriadas de Wuhan (China), onde o vírus surgiu, em dezembro passado.

Cruzeiro no Japão tem dez pessoas infetadas

Pelo menos dez passageiros de um cruzeiro que as autoridades japonesas puseram em quarentena estão infetados pelo novo coronavírus, de acordo com a emissora NHK.

As autoridades decidiram colocar em quarentena o barco “Diamond Princess”, que chegou na noite de segunda-feira à Baía de Yokohama, perto de Tóquio, com 3.711 pessoas a bordo. A medida foi adotada para descobrir eventuais casos de contágio depois de ter sido detetada pneumonia viral num passageiro do navio que desembarcou em Hong Kong.

O ministro japonês da Saúde, Katsunobu Kato, disse que foram recolhidas amostras de mais de 200 pessoas a bordo do Diamond Princess. Até ao momento estão disponíveis os resultados de 31 exames, com a confirmação de dez pessoas infetadas pelo vírus, que foram encaminhadas para organizações médicas.

Os restantes passageiros e a tripulação a bordo do navio terão de permanecer a bordo por 14 dias, acrescentou Kato, mencionando o consenso médico de que o novo vírus tem um período de incubação de até duas semanas.

O novo coronavírus, que surgiu em dezembro passado em Wuhan, capital da província de Hubei, centro da China, já provocou 490 mortos e infetou mais de 24.300 pessoas. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países.

Os sintomas associados à infeção causada são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

A ansiedade em torno da doença aumentou depois de um especialista do Governo chinês ter assumido que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, é transmissível entre seres humanos. Até à data, as autoridades diziam que não havia evidências nesse sentido. A nova estirpe de coronavírus pode ter surgido em morcegos ou cobras.

O cientista Xu Wenbo, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, disse que este centro já se encontra desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus “depois de isolar com sucesso a primeira estripe do vírus”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

ZAP // Lusa

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