Bombardeiros B-2 vistos a sair dos EUA em direção a Guam. Aviões nos Açores alarmam PS

U.S. Air Force

Um bombardeiro B-2 Spirit é seguido por dois F-117 Nighthawk durante uma missão.

Os furtivos bombardeiros norte-americanos serão os únicos capazes de concretizar os objetivos de Israel de destruir as instalações nucleares do Irão.

Os Estados Unidos terão deslocado este sábado bombardeiros furtivos B-2 Spirit, conhecidos pela sua capacidade de realizar ataques de longo alcance, a caminho de Diego Garcia, uma base estratégica no Oceano Índico, embora o destino final possa ser também Guam.

A informação avançada pelo The Times e pelo israelita Haaretz surge num contexto de intensificação do conflito entre Israel e o Irão, numa altura em que o presidente dos EUA, Donald Trump, ainda não decidiu se o país vai ou não entrar ativa e diretamente no conflito ao lado de Israel.

Israel tem pressionado Washington para usar os B-2 contra o Irão. Os furtivos norte-americanos têm feito notícia desde o início da ofensiva israelita há oito dias por serem os únicos capazes de destruir o complexo nuclear de Fordow, situado no interior de uma montanha iraniana e cuja destruição é fundamental para Israel deitar abaixo o programa nuclear iraniano.

Acompanhados por oito aviões de apoio, os B-2 estão preparados para transportar armas convencionais e nucleares. Podem transportar a GBU-57 Massive Ordnance Penetrator, uma bomba “perfuradora de bunkers” concebida para destruir instalações subterrâneas fortemente reforçadas.

Por cá, na Base das Lajes, nos Açores, os EUA também aumentam a sua presença militar: 20 aviões militares, usados para abastecer caças bombardeiros, encontram-se estacionados no arquipélago, um acontecimento pouco comum naquela base da NATO.

O PS quer que Governo esclareça presença destes aviões na Base das Lajes.

“Aquilo que o PS quer saber, é se o Governo português tem conhecimento desse movimento, se foi notificado pelas autoridades americanas desse mesmo movimento, e se tenciona, como foi sempre da praxe, dar conhecimento quer aos maiores partidos políticos, a nível nacional, naturalmente, quer à própria população sobre a razão e a causa deste mesmo movimento”, sustentou Francisco César, deputado e líder do PS/Açores, em declarações à agência Lusa.

Trump, que tinha dito que iria decidir “nas próximas duas semanas” se ordena ou não uma ação militar contra o Irão, sublinhou esta sexta-feira que pode decidir antes desse prazo. “Ninguém sabe o que eu vou fazer”, lembrou durante a semana.

O presidente dos EUA admitiu que ainda poderão ter lugar negociações com Teerão, mas o envio rápido dos bombardeiros sugere que os EUA se preparam para uma resposta mais célere.

Tulsi Gabbard, diretora dos serviços de informações nacionais, alterou a sua posição inicial — segundo a qual o Irão não estaria a desenvolver armas nucleares — após críticas do presidente.

Entretanto, o exército israelita lançou novos ataques durante a noite, tendo como alvo instalações iranianas de armazenamento e lançamento de mísseis.

Segundo o ministério da Saúde iraniano, pelo menos 430 pessoas morreram e 3.500 ficaram feridas no Irão desde o início da ofensiva israelita a 13 de Junho. Em Israel, 24 civis foram mortos por ataques de mísseis iranianos.

ZAP //

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