Um tribunal saudita condenou, esta segunda-feira, cinco pessoas à morte pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no ano passado. Outras três pessoas foram condenadas com penas de 24 anos.
O procurador-geral da Arábia Saudita anunciou esta segunda-feira que cinco dos suspeitos pelo homicídio do jornalista Jamal Khashoggi foram condenado à morte e outros três foram condenados a penas de 24 anos. Segundo o jornal The Guardian, todos eles podem recorrer da decisão judicial.
O nome dos condenados não foi divulgado publicamente e os julgamentos foram feitos sob sigilo total, contando apenas com a presença de alguns diplomatas e membros da família de Khashoggi. De acordo com a BBC, um especialista da ONU concluiu que esta se trata de uma “execução extrajudicial”.
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que assumiu a responsabilidade pelo assassinato de Khashoggi, por ter acontecido sob a sua supervisão, foi investigado, mas acabou por não ser condenado por nenhum crime. O príncipe sempre negou qualquer envolvimento no homicídio e apelou à sua inocência.
Erdogan tem dito várias vezes que não vai largar o caso, embora o presidente norte-americano Donald Trump tenha estado do lado da Arábia Saudita. Porém, o relatório da CIA aponta para a alta probabilidade de ter sido o príncipe a ordenar a morte do jornalista.
Khashoggi morreu dentro do consulado saudita em Istambul, a 2 de outubro de 2018, numa tentativa de ir mantendo a pressão sobre Riade. A estratégia, aparentemente, ainda tem mais mais gotas para preencher no mar de dúvidas sobre a morte do jornalista saudita, a avaliar pelas mais recentes declarações do presidente turco sobre esta matéria.
Depois de num primeiro momento terem negado o envolvimento no assassinato de Khashoggi, as autoridades de Riade avançaram posteriormente várias versões contraditórias. Agora, sustentam que Khashoggi foi assassinado durante uma operação não autorizada pelo poder saudita.
Ou tudo isto não passará de uma farsa ou os cúmplices irão ter os dias contados e sabe-se lá se até algum inocente, tudo isto em nome de uma boa imagem dos governantes sauditas que no fundo terão sido os promotores do assassinato. O tal príncipe fica de fora como é evidente! Isto de se ser servidor de suas majestades até este ponto pode ter custos irreparáveis.