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Senado dos EUA responsabiliza príncipe saudita pelo homicídio de Khashoggi

Erdem Sahin / EPA

Os senadores norte-americanos aprovaram por unanimidade uma resolução que refere que o príncipe herdeiro é “responsável pelo homicídio”, solicitando ao Governo da Arábia Saudita que “garanta a aplicação de medidas apropriadas”.

O Senado dos Estados Unidos aprovou na quinta-feira uma resolução na qual se afirma que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman é responsável pelo homicídio do jornalista Jamal Khashoggi.

Os senadores norte-americanos aprovaram por unanimidade uma resolução que refere que o príncipe herdeiro é “responsável pelo homicídio”, solicitando ao Governo da Arábia Saudita que “garanta a aplicação de medidas apropriadas”.

Segundo a Associated Press, os serviços secretos dos Estados Unidos concluíram que Bin Salman pelo menos tinha conhecimento da situação. Este desenvolvimento surge depois de, no início deste mês, os senadores já terem dito que Mohammad Bin Salman tinha sido “cúmplice” na morte daquele jornalista.

Além disso, adianta o Observador, o Senado aprovou a retirada de apoio militar dos EUA à Arábia Saudita, que está diretamente envolvida na guerra do Iémen. De acordo com o Politico, esta decisão foi aprovada com 56 votos a favor e 41 contra.

Jamal Khashoggi, jornalista crítico do Governo da Arábia Saudita, foi morto a 2 de outubro passado por agentes sauditas no consulado do seu país em Istambul.

O Governo da Turquia tinha inicialmente dito que não queria um inquérito internacional, preferindo a cooperação direta com as autoridades sauditas, mas Ancara tem criticado repetidamente a falta de cooperação saudita, que diz que o assassínio foi cometido sem o seu consentimento.

As autoridades sauditas rejeitaram um pedido de extradição de um grupo de suspeitos, feito pela Turquia, que incluía dois funcionários próximos do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, acusado por Ancara de ter participado no plano do assassínio.

Os dois suspeitos, Ahmed al-Assiri e Saud al-Qahtani, foram demitidos das suas funções em 20 de outubro, enquanto uma tempestade diplomática atingia a Arábia Saudita, após a morte do jornalista, que vivia nos EUA e trabalhava para o Washington Post.

ZAP // Lusa

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