NASA/JPL-Caltech/ASU
O Perseverance Rover da NASA captou esta imagem de uma rocha estranha no dia 5 de agosto de 2025.
O rover Perseverance da NASA tropeçou numa curiosa rocha em forma de vulcão… ou capacete medieval, na superfície de Marte. No final, é só mais uma adição à vasta coleção de rochas de formato estranho encontradas no Planeta Vermelho.
Capturada pelo instrumento Mastcam-Z do rover Perseverance da NASA, no dia 5 de Agosto de 2025, a rocha exibe um pico pontiagudo e uma textura nodular picada que com aparência de um vulcão evoca também a imagem de armadura forjada há séculos.
Na Terra, texturas nodulares semelhantes podem formar-se através de meteorização química, precipitação mineral ou mesmo processos vulcânicos. O Perseverance encontrou uma rocha semelhante em março de 2025.
Os cientistas da NASA disponibilizaram à Space.com a imagem do “capacete” agora encontrado; e, em declarações à mesmo revista, demonstraram-se intrigados com as esférulas que o compõem.
“O nome-alvo desta rocha é Horneflya e é distinta menos pela sua forma de capacete (que parece ser geralmente consistente com a forma piramidal que vemos frequentemente em blocos soltos erodidos pelo vento na superfície de Marte) e mais porque é feita quase inteiramente de esférulas“, disse David Agle, um porta-voz da equipa do Perseverance no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
Os cientistas teorizam que em algumas rochas vistas em Marte, estas esférulas formam-se quando água subterrânea passou através de poros em rochas sedimentares.
O instrumento Mastcam-Z, um par de câmaras com capacidade de zoom no mastro semelhante a um pescoço do Perseverance, tem permitido aos cientistas capturar imagens estereoscópicas de alta resolução e detetar características invulgares como esta rocha “capacete” coberta de esférulas à distância.
O Perseverance descobriu uma galeria crescente de formas rochosas estranhas, desde meteoritos semelhantes a donuts até pedras semelhantes a abacates.
Estes tipos de imagens são exemplos de um fenómeno conhecido como pareidolia, que é a tendência do cérebro humano em impor um padrão familiar a dados visuais de outro modo aleatórios — quer seja nas nuvens, nas rochas ou em Marte.
