O Presidente dos Estados Unidos anunciou no sábado “um relatório completo” sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, avançando que o documento deverá ser divulgado “nos próximos dias”, provavelmente na terça-feira, e que incluirá “quem o fez”.
Donald Trump considerou “prematuras” as informações da noite de sexta-feira em que o Washington Post noticiou, citando fontes anónimas, que a CIA, os serviços de informações norte-americanos, concluiu que o príncipe herdeiro saudita ordenou o homicídio de Jamal Khashoggi em Istambul.
Já neste domingo, em entrevista à Fox News, o Presindente norte-americano disse que se recusava a ouvir as gravações áudio do crime, dizendo não haver razão para a ouvir. Trump disse ainda, sobre o conteúdo da gravação, que foi um crime “violento e terrível”.
As autoridades turcas afirmaram desde o início que tinham gravações áudio relacionadas com a morte do jornalista, mas a Casa Branca demorou a confirmar essas alegações.
Questionado pelo jornalista sobre o motivo de não querer ouvir as gravações, Trump foi claro: “É uma gravação de sofrimento. É terrível. Já me puseram a par do seu conteúdo”, disse apenas. “Não quero ouvir, não há razões para que eu tenha de ouvir”.
Khashoggi um saudita que vivia nos Estados Unidos e era colunista do Washington Post, e crítico do regime de Riade e da família real, entrou a 2 de outubro no consulado saudita de Istambul e acabou por ser assassinado.
A Arábia Saudita, em várias ocasiões, mudou sua versão oficial do que aconteceu com Jamal Khashoggi, mas na quinta-feira o ministério público saudita admitiu que o jornalista foi drogado e desmembrado no local.
De um total de 21 suspeitos, a Justiça saudita indiciou 11 pessoas pelo crime, cinco das quais enfrentam agora a pena de morte.
ZAP // Lusa
Vamos lá ver o que o Trump vai dizer dos amigos sauditas a quem ainda há pouco andou a lamber as botas!…
É aquilo a que já nos habituámos das administrações pragmáticas dos EUA.
Businness as usual.
Justiça,…só se não for inconveniente
Se o ‘desmembrado’ assassinado fosse americano,…ou até mesmo francês ou alemão, se calhar a opinião pública tivesse um peso diferente e aí o Trampinha teria que fazer o que lhe mandassem.