O presidente da Câmara de Pedrógão Grande pediu a intervenção do Ministério Público e já anunciou que vai agir judicialmente contra a reportagem da TVI, transmitida no passado dia 22 de agosto.
Segundo a agência Lusa, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, pediu a intervenção do Ministério Público para serem averiguadas denúncias divulgadas num programa televisivo sobre a reconstrução de casas afetadas pelo incêndio de 2017.
“Face à gravidade das denúncias veiculadas na reportagem transmitida pela estação de televisão TVI em 22 de agosto, denominada ‘Repórter TVI – Compadrio‘” e às “imputações graves e difamatórias” ao presidente e vice-presidente da câmara e a funcionários camarários, Valdemar Alves pretende “submeter à apreciação do Ministério Público todas as denúncias que foram ali tratadas”, lê-se num comunicado divulgado esta quinta-feira.
O objetivo do autarca é que seja “averiguada a existência ou não de ilícitos criminais”.
De acordo com a nota, o autarca decidiu também “participar criminalmente contra a jornalista e todos os responsáveis editoriais daquela estação televisiva, designadamente pelas imputações difamatórias que são feitas a título perentório e parcial, e sem respeito pela presunção de inocência”.
Em causa está a reportagem feita pela jornalista da TVI, Ana Leal, que dá conta que o presidente da Câmara e o então vereador do Urbanismo da autarquia, Bruno Gomes, sabem, desde o ano passado, da existência de irregularidades no processo de atribuição de donativos para a recuperação das casas de primeira habitação que arderam no incêndio.
Segundo o canal televisivo, testemunhas garantem que tiveram mesmo indicações para adulterar os processos de candidatura, forjando moradas de residência, com a conivência dos poderes públicos locais.
Em sua defesa, a Câmara Municipal de Pedrógão, citada pelo Público, garante que “não deteve, detém ou deterá qualquer conta bancária ou valor monetário referente à reconstrução de habitações”.
“Todos os donativos efetuados foram diretamente para o REVITA, sendo que as instituições privadas (com ou sem fins lucrativos) que decidiram não integrar o REVITA efetivaram o seu apoio às habitações de modo direto. Estes dinheiros nunca, em qualquer circunstância, estiveram ou virão a estar na posse ou sob a gestão da Câmara Municipal”.
“Além disso, nunca a Câmara Municipal entregou qualquer verba a quem quer que fosse para que promovesse diretamente alguma construção, como foi mencionado na reportagem”, sublinha ainda a autarquia, citada pelo mesmo jornal.
ZAP // Lusa
Incêndio em Pedrógão Grande
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Este palerma está a brincar com quem?
Não que a TVI/Ana Leal sejam de fiar, mas a reportagem está muito bem feita e não deixa margens para dúvidas – alguém da Câmara ajudou/aconselhou esta fraude (e ninguém fez nada para a evitar)!
E agora este “animal”, invés de meter a viola ao saco a ajudar a esclarecer as situações, ainda diz que vai processar a TVI?
Bem… confesso que até cheguei a ter alguma afinidade por esta personagem, mas nos últimos tempos tem-se revelado o oposto de tudo o que eu defendo!!
Tem que ser tudo investigado mesmo a fundo e fora com esses loucos!!
Concordo com tudo mas das duas uma: Ou “ao invés” ou “em vez” de meter a viola no saco.
Efetivamente, o modo como o presidente da C. de P. Grande e sua vice-presidente foram engolidos pelo microfone da Ana Leal foi elucidativo. Até os mais céticos perceberam que eles, neste caso, são o rosto do compadrio.
Devia era demitir-se de presidente da Camara e pedir a investigação, espero que tenha a mesma sorte do Isaltino.
Ninguém se vai demitir pq o porco está gordo e ninguém quer ficar sem o seu quinhão.
Porque não se defendeu logo na reportagem…? Estranho nao acham….?
Esse senhor revelou-se um autêntico troca tintas quando em plena crise dos fogos e campanha eleitoral à mistura decidiu mudar de partido revelando logo aí haver um certo oportunismo político, agora vem negar aquilo que para todos nós está mais do que evidente, é lamentável em todo o caso aperceber-mo-nos de que cada vez mais a política está minada de vigarice e oportunismo.
Supostamente, ele é independente e fez um primeiro mandato a convite do PSD.
Em 2017 a PSD preferiu outro candidato e não o convidou; o PS convidou-o e ele aceitou, acabando por vencer – desta vez com o apoio do PS.
De qualquer modo, tem-se revelado uma autêntica nódoa e, neste caso da reportagem, a sua postura, arrogância e estupidez roça o insulto a qualquer pessoa minimamente inteligente!!
Ser afastado, perder o mandato e responder judicialmente pelos indícios apresentados na reportagem, é o mínimo que se pode exigir!
Ainda há bem pouco tempo o meu amigo se pôs em bico dos pés quando eu critiquei a forma de actuar deste autarca e havendo já rumores de que as coisas não andavam bem acerca sobretudo dos atrasos na reconstrução das habitações queimadas, mais parecia seu tutor, agora infelizmente está obrigado a reconhecer de que afinal o mal é muito mais grave!.
Não foi nada assim…
Se bem me lembro, foi quando apareceram uns “mexericos políticos” (vindos da “oposição”), sem qualquer “substância”!
E, sabendo como são os políticos quando estão do outro lado da barricada, fiquei logo de pé atrás!…
Eu não critico só por desporto; quando não vejo indícios (e principalmente quando vem de políticos opositores), não dou grande valor; mas quando vejo factos onde nem sequer há como negar, também sou o primeiro a criticar e a reclamar!!
Foi o que aconteceu nesta situação (e até fui logo o primeiro a comentar nesta notícia).
Se era a câmara responsável pelas candidaturas e a TVI apresentou fatos e testemunhas que mostraram candidatos ilegítimos a paparem o que não deviam, o que quer o gajo agora?
A TVI apresentou fatos? Não vi durante o programa televisivo!… Seria para vestir as testemunhas?
Então o observador observou mal as caras de quem as mostrou sem medo, as casas de segunda habitação que se vêem novas e muito bem ao longe até, os testemunhos e os “não sei que dizer” dos autarcas locais e dos que paparam o bolo… E hoje até deve ter visto mal os comentários do PR Marcelo.
Calma…. ele apenas estava a criticar o facto de terem escrito “fato” (e não facto)!…
fato= vestuário
facto=realidade