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Portugal tem um incêndio entre os 5 mais mortíferos do Mundo no século XXI

Paulo Novais / Lusa

Os incêndios florestais no Havai, cujo balanço pode superar os 100 mortos esta terça-feira, estão entre os mais mortais do século XXI. O incêndio em Pedrogão Grande, em 2017, coloca Portugal na lista.

O Havai enfrenta atualmente os incêndios mais mortíferos nos EUA em mais de 100 anos, com um balanço que pode ultrapassar esta terça-feira as 100 vítimas mortais.

Esta segunda-feira, dois dos três incêndios que lavravam na ilha de Maui ainda se encontravam ativos.

Mais de 11 mil pessoas tiveram de sair de casa, moradores e turistas fugiram literalmente das chamas, alguns entraram no mar para não ficarem queimados.

A tragédia que assola o arquipélago norte-americano pode ser brevemente o segundo mais mortífero deste século, a seguir ao incêndio que provocou a morte a cerca de 180 pessoas na Austrália em 2009, sobretudo no Estado de Victoria,

No chamado “sábado sombrio”, a 7 de fevereiro de 2009, cidades inteiras e mais de 2.000 casas foram devastadas em decorrência das temperaturas extremas e da seca.

Mais de 100 mortos na Grécia em 2018

Em julho de 2018, um gigantesco incêndio consumiu a vila costeira de Mati, a 40 quilómetros de Atenas, provocando a morte a 103 pessoas. Em poucas horas, mais de 2.000 casas e quase 1.200 hectares foram destruídos.

A maioria das vítimas ficou presa nas chamas enquanto tentava fugir da cidade nos seus veículos. Outras afogaram-se enquanto tentavam escapar pelo mar.

No final de agosto de 2007, recorda a agência AFP, o país já tinha sido atingido por uma sequência de incêndios causados pela seca e de três ondas de calor. Os maiores focos foram registados no Peloponeso  e na ilha de Eubeia, causando 67 mortes. Ao todo, cerca de 80 pessoas morreram nos incêndios desse verão.

Mais de 90 mortes na Argélia em 2021

Em agosto de 2021, intensas chamas ao longo de semanas destruíram mais de 100 mil hectares de vegetação no norte da Argélia, especialmente a região de Cabília, onde mais de 90 pessoas, incluindo 25 soldados, perderam a vida.

Cerca de 26 dos 58 municípios do país foram atingidos pelos incêndios. As vilas na região de Kabyle, a 100 quilómetros a leste da capital Argel, eram de difícil acesso e tinham reservas limitadas de água, e a região não tinha aviões de combate ao fogo.

Alguns aldeões fugiram, outros tentam conter as chamas por conta própria, com recurso a baldes e ferramentas rudimentares.  “Somente mão criminosa pode estar por trás da eclosão simultânea de cerca de 50 incêndios em várias localidades”, disse na altura o ministro do Interior, Kamel Beldjoud,

Mais de 85 mortos na Califórnia em 2018

Em 8 de novembro de 2018, chamas alimentadas por fortes ventos atingiram os arredores de Paradise, uma cidade de 26.000 habitantes localizada ao norte de Sacramento, na Califórnia.

O fogo destruiu mais de 12.000 edifícios, na sua maioria na cidade de Paradise, que foi completamente engolida pelas chamas, e queimou 62.000 hectares ao longo de mais de duas semanas.

O incêndio provocou a morte a 85 pessoas, tornando-se o mais mortífero da história da Califórnia. Em 1933, um fogo em Griffith Park, em Los Angeles, tinha causado 29 mortos.

64 mortes em Pedrogão Grande em 2017

No dia 17 de junho de 2017, em pleno verão, um incêndio florestal atingiu a vila de Pedrógão Grande, na região de Leiria.

As chamas provocadas por ventos muito fortes destruíram, durante cinco dias, cerca de 24.000 hectares de colinas de pinheiros e eucaliptos, provocando 64 mortos, na sua maioria vítimas presas nos seus veículos, que foram atingidos pelo fogo enquanto tentavam fugir.

Segundo concluíram os peritos que analisaram a resposta dos meios de socorro aos fogos, falhas graves no comando de operações da Proteção Civil, no combate inicial ao incêndio e na prevenção, contribuíram directamente para as trágicas mortes.

Cinco anos mais tarde, todos os arguidos do processo de apuramento de responsabilidades dos incêndios foram absolvidos das acusações.

ZAP //

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