As autoridades dos Estados Unidos informaram nesta sexta-feira que o número de desaparecidos no gigantesco incêndio que queima há mais de uma semana no norte da Califórnia já superam o milhar.
Em conferência de imprensa, o xerife do condado de Butte, Kory Honea, actualizou a lista de desaparecidos, que disparou dos 631 de ontem para 1.011, embora o oficial tenha lembrado que se trata de uma “lista dinâmica que irá variar diariamente”, já que pode haver indivíduos que tenham sido contados duas vezes ou que se encontrem a salvo, mas não tenham comunicado às autoridades.
Além do aumento no número de desaparecidos, os serviços de emergências recuperaram hoje os corpos de oito pessoas, o que aumenta o número de mortos no chamado “Camp Fire”, o mais mortífero da história do estado, para 85.
As outras três mortes aconteceram no “Woolsey Fire”, que queima também há mais de uma semana no sul do estado, perto de Los Angeles.
De acordo com os últimos dados, o “Camp Fire” destruiu mais de 12.000 edifícios, na sua maioria na cidade de Paradise, que foi completamente engolida pelas chamas, e queimou 62.000 hectares. Os bombeiros conseguiram conter cerca de 50% do incêndio.
Apesar dos avanços conseguidos na luta contra as chamas durante as últimas horas, as autoridades alertaram que se espera que durante este fim de semana soprem fortes rajadas de vento seco, o que dificultaria as tarefas de extinção do fogo, como já aconteceu no início da semana.
Cerca de 40.000 pessoas continuam evacuadas na região, enquanto o fumo se desloca centenas de quilómetros e mantém áreas muito povoadas, como Sacramento e toda a área da baía de San Francisco, sob alerta máximo pela má qualidade do ar.
As partículas que se encontram no fumo podem irritar e causar danos nos pulmões e nos olhos. Os responsáveis de saúde pública recomendam aos habitantes da região que não saiam de casa.
// EFE