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Vieira da Silva nega conhecimento da gestão da Raríssimas e pede inspeção urgente

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Tiago Petinga / Lusa

Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva

O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social garante que desconhecia denúncias de gestão danosa e pede uma inspeção global urgente ao funcionamento da Raríssimas.

Vieira da Silva, vice-presidente da Assembleia Geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, decidiu dar uma conferência de imprensa, esta segunda-feira, sobre a polémica que envolve a Raríssimas, instituição criada para apoiar cidadãos portadores de doenças raras e deficiências mentais.

O ministro anunciou que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) pediu uma inspeção global urgente ao funcionamento da associação sem fins lucrativos, devido ao “justificado alarme” provocado pela divulgação de alegadas irregularidades na gestão financeira.

A inspeção foi solicitada à Inspeção-Geral e decorrerá já nos próximos dias. Uma equipa irá “avaliar todas as dimensões da instituição”, explicou Vieira da Silva.

Durante a conferência de imprensa, o ministro aproveitou para esclarecer que ocupou o cargo de vice-presidente da assembleia geral da Raríssimas entre 2013 e 2015 apenas por “compromisso cívico” sem receber qualquer tipo de “contrapartida financeira”.

De acordo com Público, sobre a eventual gestão danosa da instituição, o ministro garante que não teve qualquer tipo de informações.

“Relativamente às denúncias que foram feitas e divulgadas de gestão danosa nesta instituição, não tive, nem teve a minha equipa, nenhuma informação em particular do que foi divulgado pela TVI. Nunca recebi nenhuma indicação sobre atos de gestão danosa nessa instituição”, garantiu.

Também a Procuradoria-Geral da República avançou que o Ministério Público recebeu uma denuncia anónima e está, agora, a investigar a instituição.

“Confirma-se a existência de um inquérito a correr termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. Não tem arguidos constituídos. As investigações relacionadas com a matéria tiveram início em finais de Novembro e origem numa denúncia anónima”, refere a PGR.

Segundo a reportagem da jornalista Ana Leal, está em causa a utilização de dinheiro da Raríssimas, por parte da presidente, para compra de vestidos de alta costura, deslocações fictícias e de gastos pessoas em supermercados.

ZAP //

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