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Raríssimas processa Paula Brito e Costa (e exige 384 mil euros)

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A Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras está a exigir 384.618 euros e 13 cêntimos à fundadora e ex-presidente, Paula Brito e Costa.

Este valor, avançado pelo Correio da Manhã, está incluído no processo que deu entrada na passada quarta-feira no tribunal de Loures. Em causa estarão despesas de alimentação e de transporte pagas indevidamente pela IPSS à então presidente, afastada em dezembro de 2017 depois de denúncias de gestão danosa.

Em março, a Raríssimas, agora presidida por Sónia Laygue, já tinha revelado que a ex-presidente estava a dever cerca de 350 mil euros à associação, mas só agora o processo deu entrada na justiça.

De acordo com a denúncia tornada pública há cinco meses, através de um relatório divulgado na página da IPSS, no âmbito do processo disciplinar instaurado à ex-presidente foi identificado o pagamento de várias despesas não relacionadas com a atividade da Raríssimas, para além do reembolso de despesas de alimentação em simultâneo com o pagamento do subsídio de refeição e do pagamento de quilómetros por deslocações que nunca terão chegado sequer a ser feitas.

Apesar de estes pagamentos, de acordo com a associação, terem sido feitos tanto a Paula Brito e Costa como ao seu marido – que, tal como o filho de ambos, foi funcionário da Raríssimas -, o nome da ex-presidente é o único visado no processo. Paula Brito e Costa recebia cerca de três mil euros por mês e está indiciada por recebimento indevido de vantagem, peculato e falsificação de documento.

O CM recorda que também o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, esteve envolvido na polémica. Além da relação pessoal com a ex-presidente da instituição, Vieira da Silva omitiu, no seu registo de interesses que, entre 2013 e 2015 foi vice-presidente da Assembleia-Geral da associação. A par desta polémica, a Segurança Social terá recebido várias denúncias sobre a gestão da instituição, mas nenhuma foi investigada.

Também Manuel Delgado, antigo secretário de Estado da Saúde, demitiu-se a 12 de dezembro de 2017, dias depois de ter sido revelado o escândalo da Raríssimas. Entre 2013 e 2014, foi consultor da associação e ganhava três mil euros por mês.

A Raríssimas foi fundada em abril de 2002 e tem como finalidade apoiar pessoas com doenças raras.

ZAP //

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4 Comments

  1. Pois… neste país, rouba-se descaradamente, são descobertos e fica por isso mesmo – os ladrões em liberdade, gozando o dinheiro que roubaram às claras e é assim. È ou não um país de ladrões???? Vergonha…

  2. É mais uma prodidão dos xuxas.
    Agora peça ao “ministro” que lhe abone um subsidio para o reembolso..
    É preciso coragem e falta de decoro, para andar a gastar o nosso dinheiro em luxos, através de uma instituição de solidariedade, apoiada com fundos públicos.

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