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Paula Brito e Costa, marido e filho continuam a receber salário da Raríssimas

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João Relvas / Lusa

Raríssimas

Passou um mês e meio desde que Sónia Margarida Laygue foi eleita e assumiu a presidência da associação Raríssimas. A nova presidente revela que Paula Brito e Costa, marido e filho continuam a ser remunerados, apesar de suspensos.

Numa entrevista ao Observador um mês e meio depois de ter sido eleita, Sónia Margarida Laygue falou sobre as dificuldades que a Raríssimas atravessa e os planos da nova direção para manter a associação em funcionamento, apesar da crise financeira que atravessam.

A crise começou depois de uma reportagem da TVI ter posto a descoberto a gestão danosa levada a cabo pela sua antecessora, Paula Brito e Costa. A ex-presidente da Raríssimas levaria uma vida de luxo à custa do dinheiro da instituição que, em 2016, recebeu quase um milhão de euros do Estado.

Depois das revelações, a nova presidente encontrou uma associação com uma situação “muito delicada”, revelando que a quebra dos donativos dos mecenas foi significativa. Sónia Margarida, que também é mãe de uma criança com uma doença rara – a Ema, com 3 anos -, não baixou os braços.

Desde que está à frente da instituição, já devolveu um BMW ao stand, que custava 921 euros por mês à Raríssimas, e cortou no pessoal: dois funcionários da instituição saíram – porque “tiveram outras oportunidades de trabalho“, esclareceu – e, em vez de contratar novas pessoas, a direção optou por “reafetar outras pessoas para essas áreas”.

Entretanto, a direção vai estudando as respostas a serviços que a Raríssimas necessita existentes no mercado, “de forma a encontrar os melhores parceiros e reduzir custos também”. Para já, Sónia Laygue não prevê uma redução nos funcionários.

Isso quer dizer que a ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, o marido e o filho, vão continuar a receber os salários, apesar de estarem suspensos.

“Qualquer suspensão, até serem averiguados os factos e enquanto estiver a decorrer o inquérito interno, é remunerada. A Paula continua a ter um salário, tal como o marido e o filho”, explicou Sónia.

Por outro lado, quem não está a ser remunerada é Margarida. “Estou a fazer tudo pro bono, não tenho nenhum tipo de remuneração. Ser remunerada é uma situação que tem de ser votada e aprovada em Assembleia Geral. No entanto, no meu caso, nada disso se aplica, porque desde o primeiro dia disse que iria fazê-lo pro bono“. E acrescenta: “Tenciono manter-me assim.

ZAP //

13 Comments

  1. Como é possível esta gente que andou a ROUBAR a instituição ainda continua a receber?? No mínimo congelavam o salario das 3 personagens “NO GRATAS”.
    Isto está mesmo tudo ao contrario os que roubam recebem quem lá está a trabalhar nada recebe.

  2. É uma vergonha, como é possível continuar a pagar a um ex-funcionário? Ainda por cima um funcionário que lesou a empresa em benefício próprio, despedido com justa causa?

    • Vê-se logo que não conheces a lei do trabalho(ou melhor, EMPREGO)…. É mesmo assim, tive um trabalhador que durante 2 anos ROUBOU 250.000 € da empresa (documentado e verificado)… Comprou uma casa de 140.000 euros e um carro de 70.000 em cash… Para despedi-lo (esteve 5 meses sentado numa secretária sem fazer nada, enquanto decorria o processo disciplinar). No fim, tive de lhe pagar 23.300 euros por decisão do tribunal e ainda ouvi o Juiz chamar-me de incompetente (porque deixei-o roubar). Acha que averiguaram a origem do dinheiro com que ele comprou a casa e o carro?….

      • Processo cível a decorrer à 3 anos e o dito cujo tem a casa em nome do filho menor de idade, alugada a outra pessoa (900 €/mês) . Vendeu o carro ao irmão e neste momento vive no Brasil ….. Apesar de 2 providências cautelares interpostas e ter TIR desde 07/03/2015 na sequência de queixa por burla, conseguiu sair do país em maio de 2015. Mas o problema está onde? No código de trabalho onde o trabalhador é SEMPRE tratado como a vítima….. Em taxas de justiça já paguei mais de 2.000 euros, já para nem falar dos custos com o meu advogado….. A justiça no seu melhor…..

      • Era uma pergunta, faltou o “?”…

        (temo que seja uma pergunta retórica e temo saber já a resposta…)

      • O meu segundo comentário chegou depois da resposta, que, como eu dizia, temia intuir.
        Infelizmente, não há por onde, com sistemas “garantistas”.

        Ultima consideração:
        O tipo está fugido, não se goza da casa nem do carro…
        Porque é que o fazem?…

      • Ha ai qualquer coisa estranha.
        E teve de lhe pagar 23.000 porque ?

        Se ha um processo disciplinar só poderá ser dado como culpado no fim
        Esteve 5 meses sem fazer nada porque ? Porque nao queria trabalhar ou porque lhe tirou o trabalho ?

      • Só tinha duas opções, ou tolerava a presença do fulano no local de trabalho e no horário, ou mandava-o para casa com vencimento. Mas a segunda opção podia ser usada pelo adv do sindicato na defesa do “artista”. 5 meses foi o tempo que demorou a acção em tribunal…. 23.300 por falta de prova factual de ilícito (roubo) e consequente indeminização por despedimento sem justa causa visto o “artista” não querer retomar o posto de trabalho (alegou incompatibilidade com o gestor de recursos humanos). E ainda o tribunal decidiu que era ao “artista” que competia escolher a reintegração ao saída como veio a acontecer…. Ainda acha isto estranho?? Então veja acórdãos de recursos em direito de trabalho dos tribunais de relação… Não recorri porque achei que a acção cível ía repor a verdade…. Naife…..

  3. Uma coisa é certa, no dia das eleições eu tenho a certeza de quem fica em casa. São por estas e outras que não acredito em política e outras politiquices…

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