O primeiro-ministro português, António Costa, foi chamado como testemunha de defesa de Azeredo Lopes na fase de instrução do caso de Tancos. Costa é o primeiro numa lista de nove testemunhas.
O antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes chamou António Costa para ser uma das suas testemunhas de defesa no caso de Tancos. Esta é a segunda vez que o primeiro-ministro é requisitado para ser testemunha, depois de o diretor do DCIAP ter recusado o pedido durante a fase de inquérito do processo.
Azeredo Lopes e o antigo diretor da PJ Militar Luis Vieira, acusados no caso do furto e achamento das armas em Tancos, requereram esta terça-feira a abertura de instrução. De acordo com o Observador, o pedido faz parte desse requerimento, em que Azeredo Lopes indicou nove testemunhas.
O tenente-general António Martins Pereira, o chefe de Estado Maior general das Forças Armadas atual, Almirante Silva Ribeiro, e o anterior, general António Pina Monteiro são algumas das outras testemunhas nomeadas pelo ex-ministro da Defesa.
Aos arguidos do processo são imputados crimes de terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.
No requerimento de abertura de instrução, Azeredo Lopes defende que “os pressupostos da acusação” partem de “preconceitos, desconhecimento, omissões e falsidades”. Além disso, reitera a sua inocência e anseia poder prová-la.
Em sua defesa, diz que “nunca mentiu ou ocultou quaisquer factos relevantes do seu conhecimento, quer enquanto ministro da Defesa Nacional, quer quando ouvido como testemunha no inquérito, quer como arguido perante o juiz de instrução, ou em comissão parlamentar de inquérito”.
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