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Mais de quatro milhões de eleitores tinham votado até às 16:00

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Mais de quatro milhões de eleitores já tinham votado às 16:00 de hoje, o que representa 44,38% dos 9,6 milhões de eleitores inscritos, uma subida de 2,4 pontos percentuais, face às anteriores legislativas.

De acordo com informação do Ministério da Administração Interna, às 16:00 de hoje a afluência média às urnas na eleição da Assembleia de República estima-se em 44,38%, a que correspondem cerca de 4,2604 milhões de votantes.

Quase dois milhões de eleitores já tinham votado às 12:00, o que representa 20,65% dos 9,6 milhões de eleitores inscritos, uma subida de 0,64 pontos percentuais, face às anteriores legislativas.

De acordo com informação do Ministério da Administração Interna, às 12:00 de hoje a afluência média às urnas na eleição da Assembleia de República estima-se em 20,65%, a que correspondem cerca de 1,9824 milhões de votantes.

Por comparação com as últimas eleições legislativas, realizadas a 05 de junho de 2011, à mesma hora a afluência média foi ligeiramente inferior: 20,01%, a que corresponderam menos de 1,9 milhões de votantes.

As mesas de voto estão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e Madeira, enquanto nos Açores fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa devido à diferença horária.

Cavaco já estudou todos os cenários

O Presidente da República reiterou hoje que já estudou todos os cenários pós-eleitorais e recordou que há mais de 30 anos que deixaram de ser possíveis os Governos presidenciais.

“Temos estudado todos, todos os cenários, todos os cenários foram estudados na Presidência da República ao longo deste tempo, agora só nos falta saber qual o cenário que vai ser determinado pelos portugueses depois da sete da tarde”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, depois de ter votado numa escola em Lisboa.

Voltando a apelar para que todos os portugueses “organizem a sua vida” para que ainda possam votar até às 19:00, Cavaco Silva lembrou ainda a propósito dos cenários pós-eleitorais que os Governos saem dos partidos “em resultados dos votos” e que a partir da revisão constitucional de 1982 deixaram de ser possíveis Governos presidenciais.

Sócrates votou às 13:25 “sem autorização e sem custódia”

O ex-primeiro-ministro José Sócrates, há um mês em prisão domiciliária, votou hoje às 13:25 numa mesa de voto instalada na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa.

Aos jornalistas, à saída do local onde votou, José Sócrates afirmou que “hoje é o tempo em que o país toma decisões importantes e é preciso respeitar esse tempo.”

“Há muito aprendi a ter confiança e a esperar. Terei tempo de responder às vossas perguntas”, acrescentou.

Sócrates realçou ter ido votar “sem nenhuma espécie de autorização e sem custódia. Foi, portanto, um exercício livre. Exerci o direito de voto como se faz numa democracia”.

Catarina Martins: “Que toda a gente vá votar”

A porta-voz do BE, Catarina Martins, apelou hoje a que “toda a gente vá votar e ninguém fique em casa” nas eleições legislativas, alegando que a “abstenção não é a melhor forma de construir soluções”.

Catarina Martins votou hoje de manhã na Escola Secundária Almeida Garrett, em Vila Nova de Gaia, tendo estado cerca de 15 minutos na fila para poder exercer o seu direito uma vez que a afluência na mesa 16 era elevada.

“Que toda a gente vá votar, que ninguém fique em casa, é muito importante que todos possam escolher”, apelou, recordando que Portugal tem tido eleições com muita abstenção e que esta “não é a melhor forma de construir soluções”.

Na opinião da porta-voz “o que é preciso é que as pessoas votem”, esperando que as pessoas escolham porque “o dia das eleições é um dia muito importante” já que todos têm “exatamente o mesmo poder” para escolher o que é melhor para o país de acordo com a convicção de cada um.

Jerónimo ‘tranquilo e confiante’. Talvez dê para ver o Benfica

O secretário-geral comunista mostrou-se hoje “tranquilo e confiante” ao votar em Pirescôxe, arredores de Lisboa, congratulando-se com a campanha eleitoral de proximidade da Coligação Democrática Unitária (CDU), que inclui “Os Verdes” e cidadãos independentes.

“A campanha eleitoral revigorou a confiança. Diria que fizemos mais do que a nossa parte, num estilo de proximidade, esclarecimento e mobilização, muito ligada as pessoas”, declarou Jerónimo de Sousa.

Acompanhado por uma das filhas, Marília, e dois netos, Rita e Rui Pedro, o líder da CDU afirmou que “mais do que a indicação de voto”, (trazer os descendentes é transmitir-lhes) “a forma de exercer este direito de cidadania”.

Questionado sobre a hipótese de vir a integrar um futuro Governo, o cabeça de lista da CDU por Lisboa disse que a sua “cabeça está virada para saber qual vai ser a decisão dos portugueses”.

Jerónimo de Sousa irá passar a tarde com a família e, talvez, com tempo para dar uma olhadela ao jogo de futebol do “seu” Benfica, caso as reuniões na sede da candidatura, o centro de trabalho Vitória, na avenida da Liberdade, o permitam.

Ricardo Salgado votou em Cascais com escolta policial

O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, em prisão domiciliária no âmbito das investigações ao denominado ‘Universo Espírito Santo’, votou hoje pelas 08:10 na Escola Secundária de Cascais, acompanhado de escolta policial.

“Vamos cumprir os nossos deveres de cidadãos portugueses”, disse Ricardo Salgado à chegada à escola.

Questionado pelos jornalistas, o ex-líder do BES escusou fazer mais comentários, dizendo apenas que “o voto é uma obrigação” e que continua “a acreditar que o país segue em frente”.

Ricardo Sagado está em prisão domiciliária desde o passado dia 24 de julho, depois de ter sido ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, no âmbito das investigações ao denominado ‘Universo Espírito Santo’.

António Costa ‘confiante nos resultados’

O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, apelou hoje para que haja “uma grande votação” nas eleições legislativas, considerando que há muito que a participação eleitoral não era tão importante para o futuro do país.

“Hoje é o dia em que cada cidadão pode, com o seu voto, escolher o seu futuro e do país”, afirmou o candidato a primeiro-ministro, à saída da Sociedade Recreativa de Fontanelas e Gouveia, no concelho de Sintra.

António Costa votou, acompanhado pela mulher, Fernanda Tadeu, cerca das 11:03, na mesa número 6 da União de Freguesias de São João das Lampas e Terrugem, em Fontanelas.

O ex-presidente da Câmara de Lisboa salientou que “há muito que não havia eleições em que cada voto é importante” e mostrou-se “confiante nos resultados” das eleições.

Passos votou em Massamá

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, votou hoje em Massamá, concelho de Sintra declarando-se “muito tranquilo” no dia de hoje e desejando que a abstenção seja contrariada apesar do mau tempo.

O número um pelo círculo de Lisboa da coligação Portugal à Frente votou na Escola Secundária Stuart Carvalhais, acompanhado pela mulher, pouco depois das 09:00.

Posteriormente, em declarações aos jornalistas, Pedro Passos Coelho mostrou-se “muito tranquilo” e manifestou o desejo de que “uma parte significativa dos portugueses” possa hoje votar, contrariando adversidades como, por exemplo, o “mau tempo, sobretudo mais para norte”.

“Espero que essa contrariedade não impeça as pessoas de exercerem o seu direito e dever também de votarem nestas eleições”, sustentou Passos Coelho, presidente do PSD e atual primeiro-ministro.

Portas votou cedo, na Rua da Esperança

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, votou na freguesia da Estrela, onde há cerca de 20 mil eleitores, três mil dos quais votam no Centro Comunitário da Madragoa.

“Como sabem, tenho o hábito de votar cedo porque acho que devo dar o exemplo”, referiu.

Paulo Portas defendeu que os portugueses podem, nestas eleições legislativas, “fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência”, já que a “situação muito difícil” do país, de há quatro anos, está ultrapassada.

“Há quatro anos, Portugal estava sob assistência externa e numa situação muito difícil. O que os portugueses conseguiram, pelo seu país, por Portugal, foi muito importante e hoje podem fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência, como entenderem”, afirmou Portas.

“Pela minha parte, a atitude que tenho bate certo com o nome desta rua, que como sabem é Rua da Esperança”, adiantou.

O presidente dos centristas disse ainda que vai passar o dia com a sua família, “tentando não falar muito” para recuperar a voz até logo à noite.

ZAP / Lusa

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