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Se Costa formar Governo coligação PSD/CDS desfaz-se

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José Sena Goulão / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS, Paulo Portas, da "Coligação Portugal à Frente" (PàF) cumprimentam-se após reagir aos resultados das Eleições

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS, Paulo Portas, da “Coligação Portugal à Frente” (PàF) cumprimentam-se após reagir aos resultados das Eleições

Caso o Executivo liderado por Passos Coelho seja chumbado no Parlamento, o acordo de Governo entre o PSD e o CDS, assinado três dias após as legislativas de 4 de outubro, será desfeito.

De acordo com o Público, as bancadas passarão a estar separadas e terão dois líderes autónomos – Luís Montenegro, do PSD, e Nuno Magalhães, pelo CDS -, que serão eleitos já na próxima quinta-feira.

No entanto, apesar do fim da coligação no caso da esquerda aprovar uma moção de rejeição ao programa de Passos, os dois partidos prometem uma estratégia concertada de oposição no Parlamento.

Em termos práticos, segundo o Público apurou junto de várias fontes da coligação, os dois partidos poderão adotar posições separadas quando tal for considerado mais conveniente para ambos, mas deverão continuar a apresentar projectos de lei em conjunto, como aconteceu quase sempre nos últimos quatro anos.

Contudo, os dirigentes da coligação já têm também em mente a possibilidade de que um eventual Executivo de esquerda poderá ser, também, apenas a prazo.  Nesse cenário, descreve o jornal, PSD e CDS votarão contra as iniciativas de esquerda mesmo que o número de deputados não trave a aprovação.

Paulo Portas já veio dizer que um eventual Governo do PS “estaria ferido de ilegitimidade política desde o primeiro dia”, apontando esse Executivo como um produto da “minoria relativa dos que perderam as eleições”.

Também Marco António Costa, porta-voz do PSD, disse em entrevista ao Diário de Notícias que não é possível “pactuar” ou “alimentar” um Governo que não consideram legítimo, acrescentando que “se o PS casar com o PCP e com o BE é para a vida”.

Além disso, perante novas eleições legislativas, PSD e CDS poderão muito provavelmente correr novamente em conjunto.

Por agora, durante esta semana, o Governo prepara o programa que deverá ser aprovado no Conselho de Ministros de quinta-feira e ser enviado no próprio dia ou na sexta-feira para o Parlamento. A estrutura do programa serão as propostas com que a coligação PSD/CDS se apresentou às eleições, mas já é conhecido que dará um sinal de abertura ao diálogo e compromisso com o PS.

ZAP

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