/

Coligação PSD-CDS ultrapassa PS nas intenções de voto

8

João Relvas / Lusa

Os presidentes do CDS-PP, Paulo Portas, e do PSD, Pedro Passos Coelho

Os presidentes do CDS-PP, Paulo Portas, e do PSD, Pedro Passos Coelho

A menos de quatro meses das eleições legislativas, o Partido Socialista de António Costa é ultrapassado pelo PSD/CDS nas intenções de voto, apesar da mínima diferença de um ponto percentual constituir um empate técnico.

A sondagem de junho do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica para o Diário de Notícias e a RTP atribui 38% das intenções de voto à coligação PSD/CDS e 37% ao PS, o que constitui um empate técnico devido à margem de erro de 3%.

O último barómetro do CESOP, quando António Costa assumiu a liderança do PS, colocava os socialistas perto da maioria absoluta, com 45% das intenções de votos, mas desde outubro do ano passado o partido caiu oito pontos percentuais nas intenções de voto para 37%, enquanto o PSD e o CDS (que na altura ainda não tinham oficializado a coligação) subiram seis pontos, de uma soma de 32% para 38%.

A última vez que a coligação tinha ultrapassado o PS foi em março de 2013, quando recolhiam 33% das intenções de voto contra 31% dos socialistas, registando-se um empate nos 35% em julho desse ano.

A CDU, que integra o PCP e Os Verdes, mantém-se nos 10%, enquanto o Bloco de Esquerda duplicou o seu resultado para 8% das intenções de voto.

Livre/Tempo de Avançar, de Rui Tavares e Ana Drago, e o Partido Democrático Republicano, de Marinho e Pinto, não aparecerem discriminadas no barómetro, mas estão incluídos na categoria de “outros” – que não somam mais do que 3%.

Há uma semana, os resultados da Eurosondagem para o Expresso e a SIC mostravam um cenário um pouco diferente, dando ao PS 36,9% das intenções de voto, seguido de perto pelos 33,3% dos partidos da maioria.

63% considera o Governo “mau” ou “muito mau”

A sondagem mostra ainda que a avaliação do Governo é bastante negativa, com 28% dos inquiridos a considerar o desempenho “muito mau” e 35% “mau”. Por outro lado, 29% dos inquiridos classificam o mandato como “bom” e apenas 2% como “muito bom”.

Apesar de grande parte dos portugueses não considerar o desemprenho do Governo positivo, 55% não acredita que outro partido pudesse fazer um melhor trabalho.

Entre os que acreditam numa alternativa, 48% apontam o PS como melhor opção, 18% a CDU e 10% o BE.

Por outro lado, a sondagem mostra que se as eleições fossem hoje 4% dos inquiridos votariam branco ou nulo e 16% não se deslocariam sequer às urnas.

“Com estas estimativas é muito complicado dizer se PDS/CDS ou PS estão à frente“, garante João António, investigador e responsável do CESOP, contudo “o número de indecisos é gigante” – 26% dos inquiridos respondeu “não sabe”-, pelo que a decisão destes será definitiva para o resultado das próximas legislativas.

ZAP

8 Comments

  1. Estranho artigo/noticia que em manchete faz uma afirmação categórica e se desdiz no último parágafo. Que jornalismo tão pouco esclarecedor.Ou talvez seja, se estivermos atentos.

  2. Os Portugueses devem andar muito contentes com a vida imposta pela coligação, melhor com a vida imposta pela coligação nos últimos 4 anos e com a vida imposta pelo PS, PSD e CDS nos últimos 41 anos.
    Estes são 3 partidos que juntos não fazem 1, é urgente mudar ou vamos terminar pior que a Grécia, com tanta corrupção, esquecimentos, e falta de civismo, solidariedade… Só podemos terminar bem lá no fundo do poço…
    Deviam ter vergonha estes políticos e quem ainda pensa em votar neles sem ser do partido ou familiar dos mesmo, sendo que até estes não têm desculpas mas como também comem do mesmo tacho…

    Esta mensagem não nenhuma apologia pois em Portugal não se aproveita um politico, um único partido e mesmo na Europa são muito poucos…

    Cps.

  3. São factos: As intensões de voto PS/coligação – 37% e 38% e os indecisos – 26%!
    De resto, a coligação 38% e ps 37% em nada se confunde com a análise, que não sendo do(s) jornalista(s), é de João António, investigador e responsável do CESOP – sobre “o número de indecisos é gigante” – 26% dos inquiridos respondeu “não sabe”-,e assim, inevitavelmente são os indecisos de agora que vão decidir os resultados das próximas legislativas. Outro dado que poderá conter alguma relevância é que dos inquiridos “55% não acredita que outro partido pudesse fazer um melhor trabalho”.

  4. Masoquista, Medroso e Medíocre.
    Só um povo com estas características pode aceitar continuar a ser humilhado, ao assumir uma intenção de voto como a refletida na sondagem.

    • Democracia e defeitos democráticos… O povo pode não aceitar mas compreender…
      “Defeitos” intrínsecos da própria democracia!
      … São leis do “jogo” democrático… Salvo melhor opinião, outra coisa seria autocracia ou ditadura!

  5. Os saudosistas do preso da cela 44 em Évora foram finalmente ultrapassados. O seu lacaio e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa está a ficar em maus lençóis perante os seus apaniguados. Mesmo assim é incrível e inconcebível que haja ainda 37% de votantes a preferirem o partido político que conduziu o país à banca rota. Povo sebastianista que continua a ter vistas curtas e, pasme-se o descaramento, já colocam em locais estratégicos, placas com a fotografia do facínora que vive à custa do mesmo povo em Évora e que recusou vir para casa em prisão domiciliária.

  6. Não é nada estranha está sondagem… Para mim é clarissima.
    O António Costa só diz asneiras e promete coisas impossíveis.
    Se só pudéssemos escolher entre as asneiras e a coligação então ganharia a coligação (é isso que dá a sondagem). Entre estas duas opções não vou escolher nenhuma, logo sou um indeciso!…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.