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Ministra espanhola não pensa “nem um segundo” em substituir Centeno

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A ministra dos Assuntos Económicos de Espanha, Nadia Calviño, assegurou que não dedica “nem um segundo” a pensar numa candidatura à presidência do Eurogrupo, apontando que Mário Centeno “está a fazer um excelente trabalho”.

A cerca de cinco meses de o ministro das Finanças português terminar o seu mandato à frente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, e numa altura em que Centeno ainda não revelou se se candidatará a um segundo mandato, Calviño, apontada em Bruxelas como um dos eventuais nomes fortes na corrida ao cargo, garantiu esta segunda-feira, à chegada a uma reunião do Eurogrupo, que não perde “nem um segundo por dia a pensar nessas questões”.

A ministra espanhola sublinhou que, “neste momento”, o cargo tem dono, Mário Centeno, que, de resto, “está a fazer um excelente trabalho”.

Pouco antes, igualmente à entrada para a reunião do Eurogrupo, o próprio Centeno comentou as notícias sobre a sua alegada iminente saída do cargo, afirmando que “isso não faz sentido nenhum”.

“Isso não faz sentido nenhum. Essa afirmação que me refere não faz sentido nenhum. Eu estou de pleno poder como presidente do Eurogrupo, é essa a minha função, é nisso que eu estou focado, e é para isso que, mais uma vez, estamos aqui [no Conselho, em Bruxelas]. Temos uma agenda muito cheia de tópicos e muito importantes para a área do euro”, declarou, quando questionado sobre uma recente declaração do antigo líder do PSD Marques Mendes, segundo o qual o ministro das Finanças português até já comunicou aos seus homólogos que não concorrerá a um segundo mandato.

Em 9 de fevereiro, no seu habitual comentário de domingo na SIC, Marques Mendes afirmou que o ministro das Finanças vai deixar o Governo, rumo ao Banco de Portugal, e até já se despediu do Eurogrupo, tendo comunicado de forma informal aos seus colegas que não concorreria a um segundo mandato.

No fim de dezembro, Centeno disse que não vê qualquer incompatibilidade se o ministro das Finanças passar a ser Governador do Banco de Portugal, alimentando o mistério em torno do seu futuro político. Vários políticos e comentadores têm também vaticinado que Mário Centeno é um ministro “a prazo” e que não cumprirá os quatro anos da legislatura.

Mário Centeno iniciou em janeiro de 2018 um mandato de dois anos e meio à frente do fórum informal de ministros da zona euro, que termina em julho, e ainda não anunciou se concorrerá a um segundo mandato, o que tem aberto espaço a especulação sobre quem liderará o Eurogrupo a partir do próximo verão.

ZAP // Lusa

 

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