Nadia Calviño, a número dois do Governo Espanhol, assume-se como favorita para assumir a presidência do Eurogrupo, caso o ministro das Finanças português, Mário Centeno, decida não entrar na corrida.
A notícia é avançada esta terça-feira pelo jornal espanhol El País, que recorda que a vice de Pedro Sánchez é especialista na área, tendo já sido funcionária da Comissão Europeia.
Terá cerca de seis meses para preparar um eventual “assalto” à cadeira de Centeno.
O diário frisa, contudo, que este é, para já, um rumor de bastidores, que apenas ganhará força se Mário Centeno decidir deixar o Governo português e, consequentemente, o Eurogrupo. Para concorrer à presidência do Eurogrupo, recorde-se, é necessário que o candidato seja ministro das Finanças de um país da Zona Euro.
Está tudo nas mãos do ministro português, cuja gestão no Eurogrupo tem gerado algum descontento junto dos alemães, segundo o jornal espanhol que adianta mesmo, citando fontes diplomáticas, que o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, apoiaria uma eventual candidatura da socialista Nadia Calviño.
Mário Centeno pouco ou nada tem dito sobre uma eventual candidatura à presidência do Eurogrupo. “O meu mandato termina a 13 de julho. Irei decidir sobre se vou candidatar-me ou não a um segundo mandato mais perto da data”, afirmou há duas semanas o governante português numa entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.
No fim de dezembro, Centeno disse em entrevista ao semanário Expresso, que não vê qualquer incompatibilidade se o ministro das Finanças passar a ser Governador do Banco de Portugal, alimentando o mistério em torno do seu futuro político.
“Isso está escrito em algum sítio do Tratado? Não vejo nenhum conflito de interesses. Dou dois exemplos: um dos vice-presidentes do BCE foi ministro das Finanças de Espanha. E o meu colega eslovaco também transitou das Finanças para o banco central”.
Vários políticos e comentadores têm também vaticinado que Mário Centeno é um ministro “a prazo” e que não cumprirá os quatro anos da legislatura.
Ponham lá o Teixeira dos Santos. Essa grande sumidade das finanças nacionais… e internacionais
O ministro das Finanças da Alemanha já não é Wolfgang Schäuble
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