O presidente do Eurogrupo garantiu, esta segunda-feira, em Bruxelas, que a teoria de que está de saída da liderança do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro “não faz sentido nenhum”.
“Essa afirmação que me refere não faz sentido nenhum. Estou de pleno poder como presidente do Eurogrupo, é essa a minha função, é nisso que estou focado, e é para isso que, mais uma vez, estamos aqui. Temos uma agenda muito cheia de tópicos e muito importantes para a área do euro”, declarou Mário Centeno, quando questionado sobre uma recente declaração do antigo líder do PSD, Marques Mendes, segundo o qual o ministro até já comunicou aos seus homólogos que não concorrerá a um segundo mandato.
A 9 de fevereiro, no seu habitual comentário de domingo na SIC, Marques Mendes afirmou que o ministro das Finanças vai deixar o Governo, rumo ao Banco de Portugal, e até já se despediu do Eurogrupo.
“Mário Centeno na prática já se despediu no Eurogrupo (…) Em janeiro, numa reunião do Eurogrupo, comunicou de forma informal aos seus colegas ministros das Finanças que não era recandidato a presidente do Eurogrupo”, disse o ex-líder do PSD.
Centeno iniciou, em janeiro de 2018, um mandato de dois anos e meio à frente do fórum informal de ministros da zona euro, que termina assim em julho próximo, e ainda não anunciou se concorrerá a um segundo mandato.
Em dezembro, numa entrevista ao semanário Expresso, o ministro das Finanças deixou a porta aberta ao Banco de Portugal, dizendo não encontrar nenhuma incompatibilidade se de Ministro das Finanças passar a ser Governador do BdP. “Isso está escrito em algum sítio do Tratado?”, questionou.
ZAP // Lusa