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Legislativas 2019: Liberais, Livre e Chega elegem primeiro deputado. PAN confirmou 4

Miguel A. Lopes / Lusa

A Iniciativa Liberal viu confirmada a eleição de um deputado à Assembleia da República, nas legislativas deste domingo, pelo círculo eleitoral de Lisboa.

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal em Lisboa, João Cotrim de Figueiredo, foi eleito para o Parlamento. É o primeiro deputado a ser eleito por um dos novos partidos concorrentes às Legislativas 2019.

O líder do partido, Carlos Guimarães Pinto, que concorria pelo Porto, e cuja eleição chegou a ser apontada como possível, não viu confirmado o mandato. No seu discurso desta noite, realçou ser a primeira vez que um partido com apenas dois anos chega ao Parlamento, e agradeceu a Cotrim de Figueiredo ter aceite o desafio de se candidatar por Lisboa.

A Iniciativa Liberal obteve 65 545 votos, correspondentes a 1,29% dos eleitores.

O gestor e empresário João Cotrim de Figueiredo foi presidente do conselho directivo do Turismo de Portugal entre 2013 e 2016, tendo entrado na política como cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal por Lisboa. Passou pela Compal, pela Nutricafés e pela TVI, da qual foi diretor geral entre 2010 e 2011.

Em entrevista ao ZAP o candidato iberal por Lisboa dizia esta quinta-feira ser “fundamental que os portugueses tenham liberdade de escolha“, definindo a redução fiscal como prioridade, e garantiu que “o liberalismo é a solução para a incompetência que devagarinho asfixia o país”.

PAN confirma quatro deputados

O PAN elegeu o seu segundo deputado nas legislativas de hoje no distrito do Porto, duplicando a representação parlamentar que havia conseguido em 2015. Em 2015, o PAN tinha eleito um deputado por Lisboa, o líder do partido, André Silva.

Às 22:40, quando estavam apuradas 3.048 freguesias e faltavam fechar os resultados de 44, o PAN tinha dois deputados eleitos: André Silva, por Lisboa, e Bebiana Cunha, pelo Porto. Às 23.30, o partido viu confirmado o seu terceiro deputado, Inês Sousa Real, a número dois da lista do círculo eleitoral de Lisboa.

Já próximo das 23.50h, foi ainda confirmada a eleição de Cristina Rodrigues, cabeça de lista do PAN por Setúbal.

Em entrevista ao ZAP, a candidata a deputada abordou a “confusão” em entrevista polémica e a sua ligação ao grupo extremista de defesa dos animais IRA. A advogada diz que o bebé PAN está a tentar “ultrapassar a causa animal” para se afirmar definitivamente na política portuguesa.

Livre confirma também presença no Parlamento

O partido Livre, que estaria próximo de chegar ao Parlamento, com projecções de 0,1% a 2,5% que assegurariam 1 a 2 deputados, viu já confirmado o mandato para a sua cabeça de lista por Lisboa. Com 55 656 votos, o Livre conquistou 1,09% dos eleitores.

Mulher negra, gaga, feminista, anti-racista, Joacine Katar Moreira não tem medo de esconder o que é, aliás, e acreditava que isso seria uma força na sua candidatura pelo Livre nestas eleições Legislativas.

Em entrevista ao ZAP, a cabeça de lista do partido por Lisboa considerava que ser a primeira mulher negra a concorrer à Assembleia da República, além de “uma enorme responsabilidade” é, simultaneamente, “uma grande alegria”.

Chega confirma eleição de um deputado

O cabeça de Lista do Chega por Lisboa, André Ventura, viu confirmada a sua eleição para a Assembleia da República. O Chega assegurou 66 442 votos, correspondentes a 1,3% dos eleitores.

Ventura, na altura vereador da Câmara de Loures pelo PSD, renunciou em 2018 ao seu mandato por se sentir “deslegitimado” pela concelhia. O que inicialmente era um movimento para destituir Rui Rio da liderança do PSD viria a transformar-se no 24.º partido político do país, o Chega.

Entrevistado pelo ZAP durante a campanha eleitoral, André Ventura dizia que o Chega é a “voz do descontentamento com o sistema”, e que iria chegar à Assembleia da República para “criar uma nova direita” e para ser a voz da oposição que não tem medo e “que não se calará”.

Segundo as primeiras projeções, as eleições deste domingo poderiam levar à eleição de quatro deputados entre os novos partidos. Apenas o Aliança, de Pedro Santana Lopes, que com projecções de 0% a 1,9% estava na expectativa de conseguir alcançar um lugar no Parlamento, não viu confirmada a eleição.

ZAP // Lusa

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