O juiz Ivo Rosa está desde terça-feira a ser acompanhado permanentemente por dois agentes da PSP.
O magistrado incumbido da Operação Marquês, através do sorteio a 28 de setembro, foi reencaminhado para o Sistema de Segurança Interna (SIS). A decisão foi tomada no seguimento do pedido feito pelo próprio Ivo Rosa ao Conselho Superior de Magistratura, como medida de prevenção.
De acordo com o CM, o magistrado será acompanhado permanentemente por dois agentes da PSP em qualquer deslocação que faça, sendo que estas serão feitas numa viatura cedida pelo Ministério da Justiça. Quando estiver em casa, terá um agente fardado à porta.
Embora se desconheça qualquer ameaça concreta contra Ivo Rosa que tenha conduzido à decisão, o Conselho Superior de Magistratura adiantou que “as questões de segurança são matéria reservada e o CSM, até por questões de segurança, nunca presta comentários sobre a matéria”.
A Direção Nacional da PSP também não revelou detalhes sobre esta situação “por motivos de reserva operacional”.
Carlos Alexandre foi ameaçado e cão envenenado
O Tribunal Central de Instrução Criminal tem dois juízes – Ivo Rosa e Carlos Alexandre. Este último, conhecido por “super-juiz”, liderou o processo Marquês durante a investigação e também tem acompanhamento do Corpo de Segurança Pessoal da PSP.
Carlos Alexandre foi ameaçado e viu o cão envenenado por desconhecidos no quintal de casa. Suspeita-se que tenha sido atirado para o jardim do juiz algo que terá atraído a atenção do cão Bart, contendo veneno para ratos. O animal, que lhe tinha sido oferecido pelo procurador João de Melo, acabou por falecer.
Ambos, tanto Carlos Alexandre como Ivo Rosa, têm acompanhamento permanente de segurança pessoal agora.