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Família Espírito Santo tem (apenas) 8 milhões congelados em depósitos

(dr) BES.pt

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

O presidente do BES, Luís Máximo dos Santos, revelou esta quinta-feira no parlamento que o valor de depósitos da família Espírito Santo e dos antigos administradores que ficaram congelados no ‘bad bank’ é de oito milhões de euros.

“O valor dos depósitos de ex-administradores e entidades que não puderam transitar para o balanço do Novo Banco no âmbito da lei é residual no meio disto tudo. São 8 milhões de euros”, afirmou o responsável, depois de ter sido questionado sobre a matéria na comissão de inquérito ao caso BES/Grupo Espírito Santo (GES).

Máximo dos Santos reconheceu que a entidade poderá não ter capacidade financeira para suportar possíveis indemnizações a que seja condenada nos inúmeros processos judiciais que estão em curso nos tribunais.

Questionado na comissão de inquérito ao caso BES/Grupo Espírito Santo (GES) sobre quem é que vai pagar as indemnizações do âmbito judicial que venham a ser declaradas contra o BES, o responsável colocou em causa a capacidade de o banco pagar esses valores.

“É preciso saber se o BES terá património e recursos para fazer face a responsabilidades que venham a emergir dessas decisões”, afirmou Máximo dos Santos.

Já sobre as prioridades entre diferentes tipos de credores, o líder do ‘bad bank’ frisou que “tudo depende dessas entidades serem credores comuns ou subordinados“, sendo os credores comuns pagos antes do que os subordinados.

A audição de Máximo dos Santos terminou pelas 20:30, quatro horas e meia depois de ter arrancado, e fechou a semana de audições, que serão retomadas na próxima terça-feira com o presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, e o ex-administrador do BES Angola, Rui Guerra, a comparecerem perante os deputados.

Em agosto, o Banco de Portugal decidiu aplicar uma medida de resolução no então Banco Espírito Santo (BES), dividindo a entidade em duas.

No chamado banco mau (‘bad bank’), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.

No ‘banco bom’, o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.

/Lusa

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