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Demitir a DGS? “No meio das batalhas não se mudam os generais”

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António Cotrim / Lusa

Esta quarta-feira, durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, discutiu-se como é que o Governo vai dar resposta ao surto do novo coronavírus Covid-19, que já fez oito infetados em território nacional.

António Costa, que recentemente visitou o Hospital de São João, no Porto, onde se encontram alguns dos infetados, afirmou que “tudo tem sido feito” para garantir “uma resposta adequada” e para assegurar que o país se prepara “o melhor possível para enfrentar esta epidemia”.

O primeiro-ministro lembrou que já foram ativados quatro hospitais de segunda linha e disse haver seis hospitais “em estado de prontidão”. “Estão a ser identificadas cerca de 2000 camas de isolamento que podem ser disponibilizadas, 300 das quais em cuidados intensivos”, disse, citado pelo jornal Público.

Consciente do impacto que esta epidemia vai ter na economia, o governante anunciou uma linha de crédito para apoio de tesouraria a empresas afetadas, caso seja necessário, no valor inicial de 100 milhões de euros.

Costa sublinhou que o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital já se reuniu “com as principais associações empresariais para fazer um ponto de situação e procurar formas de minimizar os efeitos desta epidemia”.

Num outro plano, o primeiro-ministro destacou a necessidade de “salvaguardar os direitos laborais daqueles que, por razões de saúde pública, não possam comparecer nos respetivos locais de trabalho, por decisão de uma autoridade de saúde pública, continuando a receber o seu salário por inteiro, tanto no setor público, como no setor privado”.

Sobre a revisão constitucional para consagrar o internamento obrigatório, proposta apresentada pelo deputado único do Chega, André Ventura, o chefe do Executivo defendeu que “todas as medidas devem sempre observar o princípio da proporcionalidade, sendo adotadas de forma gradual e apenas em caso de necessidade”. “O pior vírus é mesmo o do alarme social”, lembrou Costa durante a sua intervenção no debate.

O mesmo deputado perguntou ao primeiro-ministro se retirava a confiança à diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que, recentemente, admitiu um cenário de um milhão de infetados em Portugal, mas depois veio negar.

“Não se trata da minha diretora-geral de Saúde, mas a da República portuguesa. Estamos no risco de uma pandemia e no meio das batalhas não se mudam os generais. Em momentos como este, travam-se as batalhas e vencem-se as batalhas e é isso que faremos com a senhora diretora-geral da Saúde”, disse Costa, citado pelo jornal Expresso.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. E o Ventura já se demitiu por mentir à descarada e de fazer exactamente o contrário do que prometeu em campanha?!
    O “artista” é advogado, consultor, comentador da CTMV e, nos tempos livres, deputado!!!
    Um verdadeiro artista…
    “André Ventura e a arte de gozar com a cara do eleitorado do Chega”
    facebook.com/chegadeventura/videos/2225205857786052/

  2. Ainda bem que vozes de burro não chegam ao céu! Essas pessoas que estão a dar o corpo ao manifesto. ministros responsáveis, médicos, enfermeiros e pessoal que trabalha todos os dias na área da saúde, precisam que burros se calem, pelo menos nestas horas difíceis. Todos eles precisam de animo, coragem e o nosso reconhecimento. Desmotivação não! A todos eles OBRIGADA. Confiarei!

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