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Costa acabou com a crise dos combustíveis por WhatsApp (e com a técnica da geringonça)

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António Cotrim / Lusa

O Governo precisava tanto de acabar com a greve dos motoristas de matérias perigosas que quase parou o país, como os carros dos portugueses de combustível. E por isso, António Costa criou um verdadeiro gabinete de crise virtual no WhatsApp, e usou o trunfo Pedro Nuno Santos que se socorreu da técnica da geringonça.

A crise energética que assolou o país, deixando-o praticamente sem combustíveis nos postos de abastecimento, poderia ter sido um grande problema para o Governo, apesar da falta de responsabilidades directas nos problemas entre os motoristas em greve e os seus patrões.

Numa altura em que a imagem do Governo está bastante desgastada, com a polémica das relações familiares e o PSD a aproximar-se nas intenções de voto, António Costa apressou-se a resolver a situação, até por pressão do Presidente da República, como reporta o Expresso.

Marcelo Rebelo de Sousa exigiu uma reacção rápida do Governo e António Costa usou o WhatsApp para criar um grupo de crise, juntando o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, o ministro-adjunto Pedro Siza Vieira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, e o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva.

O primeiro-ministro manteve contacto permanente com estes elementos através da plataforma de troca de mensagens para telemóvel, enquanto foi coordenando as negociações para o alargamento dos serviços mínimos e a estratégia que Pedro Nuno Santos deveria implementar nas negociações directas com motoristas e patrões.

Este cenário é relatado pelo Expresso que salienta como Costa actuou para “retirar capacidade de fogo ao sindicato, garantir que os serviços prioritários estavam acautelados e travar a greve“.

Neste processo, Pedro Nuno Santos teve um papel decisivo, surgindo como o grande “salvador” da situação. De tal forma que até Marcelo Rebelo de Sousa lhe elogiou a “capacidade política e administrativa” no decurso das negociações.

O Público repara que o ministro das Infraestruturas usou a técnica da geringonça, chamando os dois lados para a conversa, “mas nunca ao mesmo tempo”. Assim, os elementos do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários e Mercadorias (ANTRAM) nunca estiveram em simultâneo na mesma sala.

Pedro Nuno Santos foi conversando com uns e com outros, limando as diferenças, num processo que demorou cerca de quatro horas e que culminou com o acordo que pôs fim à greve.

O ministro contou com a colaboração do advogado especialista em Direito do Trabalho e antigo chefe de gabinete de José Sócrates, Guilherme Dray, como refere o Público, para conseguir levar a bom porto as negociações. Dray já tinha mediado o conflito entre os estivadores e os operadores portuários em Setúbal, nota o jornal.

No discurso onde anunciou o acordo entre as partes, Pedro Nuno Santos fez também um brilharete político, distribuindo elogios pelo Sindicato e pela ANTRAM, sem se esquecer dos parceiros de Governo, e até lembrou o acordo colectivo conseguido pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) afecto à CGTP. Nesse momento que pôs cobro à greve, o Governo surgiu também como o grande “herói” no meio de uma crise que esteve quase a parar o país.

SV, ZAP //

22 Comments

  1. Já agora, não dizem qual o teor do acordo????
    O governo não tinha nem armas nem alternativa, portanto, para resolver assim tão rápido, só poder ter-se “dobrado”…

  2. O costa e sua matilha borraram-se todos porque não queriam uma Páscoa sem combustíveis. Isso seria o fim da picada. E então o que fez o chamussa? Chamou o barbudo (comuna), aquele que diz que as contas não são para pagar, e deu-lhe carta branca para negociar o fim da greve com a restante corja da geringonça. Ainda não se sabe no que isto irá dar, mas como o barbudo diz que as dívidas não são para pagar, estou mais descansado…!

  3. Que cambada de sornas aqui vieram comentar!
    Em vez de agradecerem ao governo a rápida resposta a um problema que foi criado por um sindicato e uma entidade patronal que estava a paralisar o país, ainda o criticam… é obra!
    É por essas e por outras que este país dificilmente se endireita!

    • Não vale a pena, por aqui abunda a clubite politica e esse pessoal fala mal porque lhes está nos genes!
      Toda a gente sabe que o governo não tem qualquer responsabilidade no desenrolar desta greve mas ainda assim resolveu-a.
      Obviamente que os arautos da desgraça vêm logo aziados, faladrar no seu habitual tom de contestação!

      • Esta Ana Isabel deve ser artista de circo. Ou pelo menos comediante. É engraçada quanto à forma de pensar, porque muito díspar dos restantes portugueses. Pensa pela cabeça do dono. Enaltece o pensamento que a domina e exterioriza-o para os plebeus, na ânsia de que estes o aceitem como ela o fez previamente face ao dono. Olhe cara Ana. Nós, plebeus, temos cabeça própria e usamo-la para pensar. Faladra muito mas diz muito pouco. Argumentos são sempre um profundo vazio.
        Já reparou que o seu desgoverno não tem nada para apresentar aos portugueses? Sim, nada. Este desgoverno não fez nada. Obviamente que não convém referir os muitos mortos dos incêndios, as casas ainda praticamente todas por reconstruir, as armas de Tancos, em que desparecem, depois aparecem a mais…enfim…, o episódio do António Domingues da CGD, a grande família PS no governo, a maior carga fiscal da história de Portugal, e as promessas aos professores, o maior atraso de sempre na execução de um quadro comunitário de apoio, o clientelismo partidário na execução desse mesmo quadro,… Muito mais haveria a dizer cara Ana. Entretanto procure usar a cabeça que Deus lhe deu… se é que deu.

  4. O whatsapp é fantastico, qualquer dia já podem governar a partir de casa… Bem, é como se já o fizessem, eles não conhecem o pais por dentro, vivem num pais inventado, feito por medida das necessidades deles… São uns verdadeiros contadores de histórias.

  5. Faço minhas as palavras do comentador anterior:

    “Que cambada de sornas aqui vieram comentar!
    Em vez de agradecerem ao governo a rápida resposta a um problema que foi criado por um sindicato e uma entidade patronal que estavam a paralisar o país, ainda o criticam… é obra!
    É por essas e por outras que este país dificilmente se endireita! “

  6. Nada foi resolvido. Tudo foi apenas adiado. A técnica do Costa é ir empurrando os problemas com a barriga. E quanto a barriga… não há dúvida que a tem! De promessa em promessa passa-se uma legislatura e nada se resolve. Mas todos ficam com a esperança que um dia serão atendidos nos seus problemas. Um verdadeiro hipócrita.
    Caso se predisponham a resolver mesmo esta questão, logo de seguida vão apanhar com greves dos restantes camionistas. E eles sabem-no muito bem. Por isso vamos adiando que as eleições estão quase aí e assim sempre mantemos a cabeça à tona da água.

      • O problema é a falta de alternativas e a forma jurássica como os nossos combustíveis são transportados. O próprio aeroporto de Lisboa ainda depende do transporte rodoviário!!! Obviamente que é sempre melhor nacionalizar a TAP para o Estado encaixar mais 150 milhões de prejuízo e anunciar um novo aeroporto na margem sul do que resolver os problemas do atual.

  7. O ” Tónio Costa ” é engendrador,compulsivo mentiroso…
    Deixa que os seus comparsas se esmerdem, seja da forma que for, desde que o objectivo venha a ter sucesso. (eleições)

    Atenção, politiqueiros e isso de partidos,a caganeira é igual.
    Deixem de votar,esmerdem-se para eleições.

    O barbichas barão,dá por nome “Vieira da Silva”disso do ministério do trabalho e Segurança Social,veio no inicio do ano a publico caganeirar-se dizendo-se pronto para nos primeiros seis meses do ano 2019 resolver o problemas de pensões,casos pendentes,parados á anos e anos !

    Sabemos que eles mentem,sem vergonha,nogentos !

    Deixem de votar.

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