O candidato às eleições primárias no PS António Costa anunciou esta sexta-feira a realização de uma convenção nacional a 26 de julho em Aveiro para mobilizar Portugal, por forma a discutir políticas, identificar medidas e hierarquizar prioridades.
Num plenário em Guimarães com cerca de 200 militantes socialistas, António Costa apontou o dedo ao actual secretário-geral do PS, afirmando que quem se conforma com uma vitória pequenina é porque já se conformou em não querer fazer a diferença necessária na condução de Portugal.
Na opinião de António Costa, o PS tem que ter a ambição de “ter uma política diferente e fazer a diferença” em relação à atual maioria.
“No próximo dia 26 vamos realizar uma convenção nacional em Aveiro, na zona centro do país, para mobilizar Portugal, discutirmos as políticas, identificarmos as medidas, hierarquizarmos prioridades e ajudarmos coletivamente a construirmos uma nova agenda para fazer a mudança em Portugal”, anunciou António Costa.
Isto porque, explicou, a escolha do candidato do PS a primeiro-ministro tem que ser feita “em nome de um programa, de um objetivo, de uma política, de uma nova agenda construída por todos”.
Segundo Costa, “o PS não se pode contentar em ser só parte de uma solução de Governo, não pode ter simplesmente a ambição de introduzir alguma moderação no ritmo desta política de austeridade, tem, que ter a ambição de ter uma política diferente, de fazer a diferença”
PS cai nas sondagens
O Partido Socialista registou de novo uma queda nas intenções de voto dos portugueses, segundo revela uma sondagem realizada pela Eurosondagem para o Expresso e SIC.
O líder do PS, António José Seguro, responsabilizou o seu opositor nas primárias pela descida do partido nas sondagens, lembrando que “até à crise criada por António Costa, o PS esteve sempre a subir”.
“É muito fácil verificar de quem é a responsabilidade”, acrescentou Seguro.
Seguro falava no final de um encontro de militantes que o apoiam na disputa pela liderança do partido nas primárias de 28 de setembro, que considerou inoportuna, porque o PS devia estar mobilizado em se afirmar como alternativa ao Governo PSD/CDS-PP.
“O PS não tinha de passar por esta situação e devíamos estar neste momento com todas as nossas energias concentradas no essencial, que é a oposição a este Governo e a afirmação da nossa alternativa”, criticou o líder do PS.
Situação no BES
Questionado pelos jornalistas sobre a situação no Banco espírito Santo (BES), António José Seguro respondeu que a sua preocupação é evitar “que existam mais surpresas como aconteceu com o BPN e com o BPP”, tendo sido essa a razão que o levou a pedir esta semana uma reunião ao governador do Banco de Portugal.
“Segundo os esclarecimentos que me prestou, saí com muito menos preocupações do que quando entrei. É preciso garantir que essas situações não se repitam e o Banco de Portugal já veio dizer publicamente não haver razão para essas preocupações”, declarou.
O líder do PS ressalvou que “uma coisa é o BES e outra é o Grupo Espírito Santo” e que, “por muitos que sejam os problemas que possam existir, não são os contribuintes que vão ser chamados a resolver, designadamente quando se trata de investimento do foro privado”.
“O importante é que haja transparência em todo o processo e que tenhamos um sistema bancário sólido e robusto e não haja contaminações de qualquer espécie. Tem de haver também uma clareza e separação entre o que é a vida política e a atividade dos negócios”, concluiu.
ZAP/Lusa
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Não sou PS, mas o António Costa, não merece respeito, é traiçoeiro , com uma pessoa como esta, não é necessário ter inimigos !
Não és PS, cala te …..