O Governo anuncia, esta quinta-feira, a decisão em relação às atividades letivas no terceiro período, depois de ter ouvido durante dois dias especialistas, representantes da comunidade escolar, partidos, sindicatos e os órgãos consultivos do Ministério da Educação.
De acordo com o Jornal de Notícias, a decisão sobre a reabertura das escolas deverá ser adiada para o final do mês, até porque tem sido esse o tempo pedido pelos peritos para fazer uma reavaliação sobre a situação.
A intenção do primeiro-ministro era dar prioridade ao regresso dos alunos do Secundário, a 4 de maio, por causa do acesso ao Ensino Superior. No entanto, revela o jornal, os peritos recusaram apontar uma data segura para a reabertura das instituições de ensino.
O JN aponta que os especialistas terão previsto que o regresso dos alunos do Secundário resultaria em cerca de 450 mil pessoas nas ruas, fazendo com que o número de infeções diárias pudesse passar de uma média de 700 para 1500.
O terceiro período começa, para a maioria dos alunos do Ensino Básico e do Secundário, na próxima segunda-feira, e o mais provável será então que as aulas arranquem ainda à distância. Desde 16 de março que todos os estabelecimentos de ensino, desde creches a universidades, estão encerrados para conter a propagação do novo coronavírus.
Esta quarta-feira, tanto a Federação Nacional da Educação (FNE) como a Federação Nacional de Professores (Fenprof) também transmitiram à tutela que a situação epidemiológica atual ainda não permite um regresso seguro às escolas.
O Ministério da Educação fez, entretanto, uma parceria com a RTP para começar a transmitir no terceiro período conteúdos programáticos dirigidos aos alunos do 1.º ao 9.º ano de escolaridade.
No entanto, existem outros problemas por resolver, designadamente a realização das provas de aferição dos 2.º, 5.º e 8.º anos e dos exames nacionais do 9.º ano.
Segundo a presidente do CNE, existe um consenso entre os órgãos consultivos da tutela e os representantes da comunidade escolar em torno da suspensão das provas de aferição, bem como dos exames finais do 9.º ano.
Relativamente aos exames do 11.º e 12.º anos, o Conselho de Escolas, as associações de diretores ANDAEP e ANDE e a Fenprof defendem o seu adiamento, e mesmo Costa também já o admitiu.
Numa entrevista à Renascença, o chefe do Executivo assumiu que a primeira fase poderia passar para a atual segunda fase, a partir de 20 de julho, e a segunda ser reagendada para meados de setembro.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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