Apesar de ter mais de 18 mil pessoas infetadas com covid-19, a Bielorrússia continua sem seguir as recomendações de distanciamento social e isolamento. O Presidente do país quer manter o desfile anual do Dia da Vitória nas ruas da capital.
Com 18.350 casos confirmados de covid-19 e 07 mortes registadas, a Bielorússia não está a levar a sério a situação de pandemia.
No final de abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou o Presidente Alyaksandr Lukashenka que a doença entrara “no cenário de transmissão comunitária” e recomendou que o Governo tomasse medidas mais restritivas para travar a propagação da pandemia.
Mas não foi isso que Minsk fez. Apesar da doença, o Presidente da Bielorrússia, Alyaksandr Lukashenka, insiste em manter a realização do desfile anual do Dia da Vitória, marcado para o dia 9 de maio.
“Não podemos cancelar o desfile. Simplesmente não podemos”, afirmou Lukashenka, acrescentando que alguns dos que lutaram contra o regime nazi também morreram vitimados por vírus e outras doenças, de acordo com o semanário Expresso.
“O que dirão as pessoas? Talvez não imediatamente, mas no dia seguinte ou dois dias depois. Vão dizer que estávamos com medo”, continuou Lukashenka.
O Dia da Vitória comemora a vitória da União Soviética sobre a Alemanha em 1945 e é o feriado nacional mais importante do país e de outros antigos estados soviéticos.
Espera-se a participação de mais de 3.000 militares e uma coluna com, pelo menos, 180 peças de equipamento militar, além de unidades aéreas. Tradicionalmente, o evento atrai milhares de cidadãos, que, depois, se juntam em piqueniques nos parques da cidade.
Este evento viola as recomendações da OMS, que aconselha os países a impor medidas de distanciamento social e evitar grandes reuniões públicas.
O Presidente bielorrusso tem repetidamente desvalorizado o problema. O país é o único na Europa que não interrompeu o campeonato nacional de futebol.
Coronavírus / Covid-19
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