O TRAPPIST-1e, já conhecido pelos cientistas, pode afinal ter uma atmosfera semelhante à da Terra — rica em azoto (e na parte habitável da estrela).
O exoplaneta TRAPPIST-1e (pertencente ao já conhecido sistema TRAPPIST-1, uma pequena estrela anã vermelha com pelo menos sete planetas) encontra-se na zona habitável da sua estrela, onde a água permanece líquida – e uma análise sugere que poderá ter uma atmosfera rica em azoto, semelhante à da Terra, avança a New Scientist.
Matthew Genge, investigador do Imperial College London e autor do estudo publicado esta semana no The Astrophysical Journal Letters, explica que a busca por exoplanetas com atmosferas
“A verdadeira complexidade é que se pode estar à distância certa do Sol, mas, se tiver a atmosfera errada, pode ser um inferno escaldante como Vénus ou um Marte gelado”, diz Genge.
Até agora, os investigadores têm dados de quatro observações feitas pelo JWST, mas esperam realizar mais 15 no próximo ano.
“Os astrónomos estão a observar tantos exoplanetas diferentes e, mais cedo ou mais tarde, vamos encontrar um com uma atmosfera rica em azoto e oxigénio. E provavelmente a única forma de se obter uma atmosfera rica em oxigénio é com plantas, com fotossíntese”, acrescenta.
“Se TRAPPIST-1e for habitável, imaginem só o que pode ter acontecido nesse planeta ao longo dos últimos 7,6 mil milhões de anos”, diz o investigador. “Quanto mais antigo é o planeta, maior é a probabilidade de, diria eu, a inteligência evoluir”.
Até 2060, diz, espera encontrar exoplanetas cujos dados sejam difíceis de explicar sem a existência de vida.