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Ronaldo e Messi convidados para jogar na Bielorrússia. “Ninguém quer saber do coronavírus”

José Sena Goulão / Lusa

Em tom de brincadeira, o ex-jogador do Barcelona Aliaksandr Hleb convidou Cristiano Ronaldo e Lionel Messi para irem jogar para a Bielorrússia. Este é um dos poucos países em que ainda se joga.

Se na maioria dos campeonatos europeus as competições estão interrompidas devido à pandemia de Covid-19, na Bielorrússia a bola ainda rola. O antigo jogador do Barcelona, Aliaksandr Hleb, aproveitou a situação para convidar Cristiano Ronaldo e Lionel Messi a irem jogar para o seu país. Lá, conta Hleb, ninguém quer saber do coronavírus.

“Agora toda a gente vê o Campeonato da Bielorrússia na televisão. Quando a NHL foi suspensa, muitos jogadores vieram para a Rússia jogar. Talvez Lionel Messi e Cristiano Ronaldo queiram vir jogar futebol para a Bielorrússia”, brincou o jogador de 38 anos. “É o único país na Europa onde é possível jogar futebol. Pelo menos aqui as pessoas estão felizes”.

Em declarações ao diário britânico The Sun, o bielorrusso defende que a decisão da UEFA se suspender as competições europeias foi claramente acertada. “É uma tentativa de parar o vírus. A UEFA tomou a decisão certa”, atirou, citado pelo jornal A BOLA.

Na Bielorrússia, Hleb conta que a despreocupação é levada ao extremo. “Ninguém quer saber, é incrível. Talvez dentro de uma ou duas semanas tudo seja cancelado. Talvez o nosso presidente esteja só à espera para ver o que acontece”, explicou.

“Aqui todos sabem o que está a acontecer em Itália e Espanha, a coisa está feia. Mas no nosso país, os governantes acreditam que o assunto não é assim tão grave como dizem as notícias. Muitos jovens pensam assim, eu estou em casa com a minha família. Mas quando saio, as ruas e os restaurantes continuam cheios”, acrescentou.

Hleb teve um início de carreira promissor, mas acabou por nunca se tornar no jogador que todos ambicionavam. Após sair da Bielorrússia, o médio passou por Estugarda, Arsenal, Barcelona, Birmingham e Wolfsburgo. A sua carreira entrou numa espiral descendente e, depois disso, passou por Krylya Sovetov, BATE Borisov, Konyaspor e Gençlerbirligi.

Em diferentes ocasiões regressou ao BATE Borisov, clube a partir do qual se catapultou para o estrelato na sua juventude. Com 38 anos, continua a jogar na Bielorrússia, mas ao serviço do Isloch.

É difícil explicar o que está a acontecer no nosso país. Todos os campeonatos estão parados, mas aqui parece que não existe nenhum problema. Porquê? Não faço ideia”, disse.

ZAP //

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