O Ministério Público (MP) propôs a alteração da medida de coação do ex-primeiro-ministro José Sócrates, de prisão preventiva para prisão domiciliária, disse hoje aos jornalistas o advogado de José Sócrates, à saída do estabelecimento Prisional de Évora.
O advogado do ex-primeiro-ministro, João Araújo, acrescentou que a medida de coação do ex-primeiro-ministro, que se encontra detido preventivamente desde 25 de novembro de 2014, será analisada na terça-feira e que o ex-líder socialista se irá pronunciar sobre a questão.
O advogado acrescentou ter sido informado da pretensão de alteração da medida de coação pelo Ministério Público, que propôs que a pena de prisão preventiva fosse mudada para obrigação de permanência na residência.
O ex-primeiro-ministro foi detido no dia 21 de novembro de 2014, há seis meses e meio. Tratou-se da primeira vez na história da democracia portuguesa que um chefe de Governo foi detido.
Três dias depois, no dia 24, o juiz Carlos Alexandre anunciava a prisão preventiva como medida de coação para o ex-governante.
Além de Sócrates, foram detidos no mesmo dia o empresário Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o motorista João Perna.
O inquérito a Sócrates, que ao longo da carreira esteve envolvido em vários casos polémicos, teve origem numa comunicação bancária efetuada ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) em cumprimento da lei de prevenção e repressão de branqueamento de capitais.
A Operação Marquês tem sete arguidos.
José Sócrates está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção. Carlos Santos Silva está indiciado por fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.
O advogado Gonçalo Trindade Ferreira é suspeito de ter cometido os crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, e o motorista João Perna está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e posse de arma proibida.
Estão também indiciados a esposa de Santos Silva, Inês Pontes do Rosário, o administrador da farmacêutica Octapharma, Paulo Lalanda Castro, e o vice-presidente do Grupo Lena, Joaquim Barroca Rodrigues
ZAP / Lusa
Evolução natural do processo de investigação, provavelmente concluída, a recolha de prova.
Aguarde-se pela formalização processual ou antes, pela cedência legal do processo (para consulta) ao arguido (advogados) e eventuais “comunicações”
Difícil é enfrentar um homem de fibra. Mais fácil é mantê-lo preso e humilhá-lo!
SÓCRATES sempre!
Fátima Felgueiras atira-lhes pérolas!!!
(Antiga autarca independente pelo PS)