O Ministério Público prepara-se para constituir como arguido no caso EDP o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, devido a suspeitas de que pagou “luvas” ao ex-ministro da Economia, Manuel Pinho. Salgado já é arguido nos processos Monte Branco, Universo Espírito Santo e Operação Marquês.
O Observador assegura que os procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Carlos Casimiro e Hugo Neto, que são responsáveis pela investigação ao caso EDP, vão pedir à Polícia Judiciária (PJ) para constituir Ricardo Salgado como arguido.
A publicação cita um despacho de 11 de Abril passado, onde o Ministério Público (MP) salienta que a PJ deverá “proceder à constituição como arguido, e prestação de Termo de Identidade e Residência a Ricardo do Espírito Santo Silva Salgado”.
O Público destaca que “já houve contactos sobre este tema entre os procuradores e a PJ”, mas nota que “o despacho ainda não chegou à polícia para que a diligência se possa concretizar”. Esse passo deverá ser dado “entre o final de Abril e o início de Maio”, de acordo com o Observador.
Salgado vai ser constituído arguido sob suspeita de que pagou “luvas” de um milhão de euros a Manuel Pinho, ex-ministro da Economia que também é arguido no caso EDP. Esses alegados pagamentos terão sido feitos entre 18 de Outubro de 2006 e 20 de Junho de 2012, com o intuito de obter decisões favoráveis ao Grupo Espírito Santo (GES) e à EDP.
O dinheiro das supostas “luvas” passou por uma offshore de Manuel Pinho com sede no Panamá, a Tartaruga Foundation, tendo saído do chamado “saco azul” do GES, a Espírito Santo Enterprises que tem sede nas Ilhas Virgens Britânicas.
Durante o tempo em que ocupou funções públicas, Pinho terá beneficiado a EDP em mais de 1,2 mil milhões de euros, alega o MP.
Além de Manuel Pinho, são também arguidos neste processo, o presidente da EDP, António Mexia, o administrador da EDP, João Manso Neto, e o ex-presidente da REN e ex-assessor do antigo ministro da Economia, Rui Cartaxo, entre outros.
Crise do BES
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Há uma coisa que me intriga. Então do Socrates já todos sabíamos e agora percebemos com maior rigor. Do Pinheiro também já todos sabíamos e agora finalmente vem à ribalta. O segundo era ministro do primeiro. O que me leva para a seguinte questão: será possível um PM e um ministro da economia andarem a roubar sem o restante elenco governativo dar por ela? Isto leva-me apenas a três suposições:
1- Os restantes andavam ao mesmo
2- Os restantes olharam para o lado, logo são cúmplices
3- Os restantes são mesmo burros porque estando lá não conseguiram ver aquilo que o povo viu, mesmo sem lá estar.
Ah… e ainda há os Kamov… quem é que adjudicou esses? Mesmo contra todas os pareceres técnicos? E o SIRESP?
Provavelmente a opção corra é mesmo a 1.
Concordo. Isto de termos funcionários públicos por contrato, é o que dá. É roubar enquanto lá estão. A culpa também dos funcionários vitalícios, que olham para o lado…
Bingo!
Grande artista!! E pagava as luvas com dinheiro roubado.
Xico esperto de merda, devias apodrecer numa pocilga, LADRAO.
O povo como rouba também volta a votar neles a ver se lhes toca mais umas migalhas. E é esta mentalidade de … que põe o país como está.
Sem valores não há luta nem futuro, será como sempre, o salve-se quem puder!
ZAP, com o verbo auxiliar ter ou haver, utilizando o participo passado do verbo pagar, o correto é utilizar a forma regular em vez da forma irregular.
Assim, o titulo correto seria:
“Salgado terá pagado um milhão a Manuel Pinho por favores enquanto ministro”
Tem razão. Obrigado pelo reparo.