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Não há “avanços significativos”. BE pressiona Governo a acabar com injustiças nas pensões

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Tiago Petinga / Lusa

Catarina Martins em conferência de imprensa

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse este sábado que não há ainda “avanços significativos” nas conversações sobre Orçamento do Estado para 2022 com o Governo, havendo várias áreas nas quais acusa o Executivo socialista de estar sem disponibilidade negocial.

O próximo Orçamento do Estado e o andamento das negociações com o Governo de António Costa foi um dos temas em discussão na Mesa Nacional do BE, órgão máximo do partido entre convenções, que se reuniu esta tarde em Lisboa.

“Tendo hoje analisado a Mesa Nacional o andamento das conversas que temos tido sobre o Orçamento do Estado, não registamos ainda avanços significativos“, revelou aos jornalistas Catarina Martins, na conferência de imprensa que se realizou no final.

De acordo com a líder do BE, “não houve os avanços suficientes” nestas negociações – cujo calendário se escusa a avançar -, havendo “várias áreas em que o Governo não tem mostrado disponibilidade em negociar”, para além de temas “em que mostrou alguma disponibilidade para alterações pontuais“, mas cuja concretização o partido ainda desconhece.

“Não temos neste momento indicações mais positivas do que aquelas que tivemos o ano passado”, respondeu, perante as perguntas insistentes dos jornalistas sobre a possibilidade de o voto do BE voltar a ser contra no OE2022, dado o rumo negocial.

De acordo com o Expresso, Catarina Martins pressionou o Governo a avançar com a resolução do problema do corte de pensões para quem tem longas carreiras contributivas (mais de 40 anos de trabalho).

“É, exatamente fruto desse trabalho que temos feito, a proposta que apresentamos agora de achar que este é o momento de acabar com as injustiças relativas das longas carreiras contributivas e garantir que as pessoas com mais de 40 anos de carreira não têm corte de fator de sustentabilidade e aquelas que tiveram possam ver esse corte revertido”, explicou.

“Até pelos dados económicos e financeiros” que o Governo transmite ao Bloco, “neste Orçamento do Estado estão reunidas as condições” para ultrapassar estas duas situações.

Sobre a proposta do partido, Catarina Martins remeteu para breve a apresentação pública pormenorizada desta medida sobre as pensões e sobre as longas carreiras contributivas.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Não só a trabalhadores com mais de 40 anos de carreira mas aos pensionistas/reformados de baixos recursos financeiros (leia-se pensões de reforma miseráveis abaixo do SMN) que, por serem viúvos, viram o escalão do IRS aumentar descomunalmente, ficando ROUBADOS nos subsídios de férias e de natal, integralmente, (e já nem chegam), para liquidarem o IRS.

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