/

Aviação desespera por apoios financeiros. “O Apocalipse é agora”

4

Blake Burkhart / Flickr

A crise do novo coronavírus deverá privar o setor mundial de transporte aéreo de 252 mil milhões de dólares de receitas este ano, mais do dobro do previsto anteriormente (113 mil milhões dólares).

“Trata-se da crise mais profunda de sempre para a nossa indústria”, afirmou o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Alexandre de Juniac, durante uma conferência telefónica, apelando a governos para ajudarem quando se aproxima “uma crise de liquidez”. “Precisamos desesperadamente de dinheiro”, adiantou.

A crise causada pela pandemia de Covid-19 afeta agora 98% do tráfego de passageiros em todo o mundo, de acordo com a IATA, precisando que no início do ano uma companhia aérea dispunha de uma margem de dois meses de tesouraria.

Na semana passada, as companhias, muitas com a quase totalidade da frota em terra devido às restrições de circulação impostas devido à pandemia, já tinham lançado um apelo para uma ajuda até 200 mil milhões de dólares (cerca de 185 mil milhões de euros).

A Associação Internacional de Transporte Aéreo, que reúne 290 companhias que representam 82% do tráfego mundial, pediu “apoio financeiro direto” para os transportadores de passageiros e de mercadorias para compensar o que não ganham e superar as dificuldades de tesouraria, mas também empréstimos e garantias da parte dos Governos e bancos centrais ou alívio nos impostos e nos encargos sociais.

“Para as companhias aéreas, o Apocalipse é agora. E há uma pequena e cada vez menor janela para que os Governos nos forneçam uma linha de apoio financeiro para impedir que uma crise de liquidez feche o setor”, disse ainda, citado pelo portal Techxplor.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. A massificação da aviação é exatamente um dos responsáveis diretos por esta pandemia : cá na nossa terra lusa até um sem abrigo reúne facilmente 50,00 euros para ir á CHINA na Companhia Low-Coast “EASYJET” tomar um café … Ou outra semelhante – as perdas de tesouraria destas companhias privadas é da responsabilidade delas e dos seus mentores ( Brason e outros) – é deixá-las cair … É a lei do mercado livre .A minha empresa unipessoal tem a facturação a “zeros” e é certo que ninguém me vai dar dinheiro para eu pagar as minhas despesas e o meu salário (sou o único empregado da mesma ); com hotéis, motéis e hostels, AL, deve ser a mesma coisa – quem abriu milhares de hotéis pelo mundo que assuma agora o problema de tesouraria… quem mandou abrir tanto hotel? – comam agora da sua ganância! pois “ Não há sol que sempre dure!” – Não previram esta crise ? Problema de quem investiu – No mercado acionista não é assim ? O risco é sempre de quem investe !…
    Olé!

    • Concordo em parte. Também sou trabalhador independente mas, felizmente, tenho trabalho, não sei é se vou receber…
      Para mim, o maior mal das empresas aeronáuticas é de ligarem o mundo globalmente, nem falo de dinheiro, o povo arranja sempre dinheiro para viajar.
      Haja festa que o dinheiro logo se vê, primeiro as viagens.
      Se virmos bem, os contágios têm sido maioritariamente provenientes de pessoas que voltam de viagens, de avião, de barco, etc.
      Mas os custos virão para todos os outros, quanto menores as pessoas forem na escala social mais vão ser sacrificados.
      Desejos de altos voos…

    • Porra…sendo você trabalhador independente acusa os outros de lutar por ter o seu trabalho. Como eram os do alojamento local. Eles são gananciosos, você não.
      Para além disso, acha incorrecto os voos serem baratos. Acaso a deslocação pelo mundo só pode ser efectuada por “ricos”?? Os restantes, teremos de nos contentar com andar de metro e camioneta?

  2. Os Pilotos que dispensem os ordenados chorudos que recebem todo o ano. Antes eu viajava com direito a bagagem e agora só posso levar um par de cuecas ou então pagar cerca de 100,00 euros por uma mala de 32 kg.
    Agora se desse para voltarem atrás no tempo as companhias Aéreas não levariam dinheiro pelas malas dos clientes, para terem passageiros.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.